Pesquisa do IBOPE Mídia mostra que a capital paranaense tem menos solteiros e que eles têm renda elevada
Os curitibanos chamam a atenção quando o assunto é o perfil dos solteiros. “Aqui eles tem família tradicional, são bem realizados profissionalmente, tem bom poder aquisitivo e são bonitos”, explica Sheila Rigler, diretora da agência de casamentos Par Ideal (www.agenciaparideal.com.br). Uma pesquisa realizada pelo IBOPE Mídia nas regiões sul e sudeste mostra que a capital paranaense, junto com São Paulo e Porto Alegre, está entre as que têm menos solteiros, pois está entre as capitais nas quais as pessoas casam mais. Enquanto Belo Horizonte tem 35% de solteiros, Curitiba tem apenas 29%. A quantidade de pessoas sozinhas, porém não é sinônimo de que em alguns locais é mais difícil encontrar um parceiro para um relacionamento sério. “Os curitibanos são bem exigentes. A escolaridade elevada e renda diferenciada fazem com que desenvolvam preferências mais específicas, mas eles geralmente buscam relacionamentos sérios”, comenta Sheila. Segundo o estudo do IBOPE a renda média dos solteiros curitibanos é maior que a dos outros moradores da cidade e quase metade dos que tem este estado civil estão cursando ensino superior ou investindo em especializações. Dados da agência Par Ideal apontam também para outra tendência. Os novos solteiros do Brasil, tanto homens como mulheres, estão casando mais tarde – tanto pela vontade de se estabilizar profissionalmente, quanto pelo maior nível de exigência em relação ao parceiro. Atualmente no Brasil a maioria dos solteiros é de mulheres e a idade média é 30 anos. Para Sheila Rigler tanto homens quanto mulheres estão mais exigentes na hora de escolher a pessoa com quem vão casar e dividir sua vida, mas as mulheres enfrentam desafios maiores na busca pelo par ideal. Estar sozinho pode ser uma opção temporária mas, na maioria dos casos, é consequência de uma vida agitada e dedicada a carreira. No caso das mulheres, a falta de opção no mercado também dificulta – nascem mais homens, mas eles deixam de ser maioria por dedicar pouca atenção a saúde. Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) cerca de 85 milhões de pessoas estão sozinhas em todo o país. Destas, 74 milhões são solteiros e 11 milhões separados, divorciados ou viúvos. Mesmo vivendo em um mundo globalizado e com inúmeras possibilidades de interação com outras pessoas, não está fácil encontrar a cara metade.
|