Expedições antes de 1500 comprovam que o Brasil não foi descoberto na data que os livros de história relatam
Atualmente historiadores concordam em dizer que não somente as caravelas de Pedro Álvares Cabral estiveram no litoral brasileiro há mais de 500 anos atrás. Existem fatos sobre a época do descobrimento que não são narrados nos livros de história como, por exemplo, o registro comprobatório de que uma expedição chinesa passou pelo Brasil em 1422, mas nada fizeram ou deixaram aqui. Os espanhóis também passaram pelo país antes de 1500, de acordo com documentação há comprovação de que as expedições não tinham o intuito de formar colônias e sim conhecer novas rotas e locais além da Europa e das Índias. No entanto, há provas de que Cabral em 1475 avistou novas terras e a chamaram de América Portuguesa, hoje Brasil. O trajeto que trouxe Cabral até aqui, teria sido uma corrente desviada da Costa Africana, local explorado desde o início do século XV. Na verdade, a data do descobrimento do Brasil, 22 de abril de 1500, foi a oficialização da tomada de posse das novas terras por Portugal, o Brasil. Reconhece-se no documento ‘Esmeraldo de Situ Orbis’ que o cartógrafo e navegador, Duarte Pacheco Pereira, esteve em expedição pela costa brasileira no ano de 1498 e que o mesmo esteve ainda na frota de Cabral, em 1500, na Tomada Oficial de Posse. Duarte Pacheco Pereira era o principal representante do rei português para a questão dos seis tratados ou bulas papais, que foram firmados entre 1492 e 1494, inclusive o de Tordesilhas. “Tratado que dividia o Atlântico Sul e definia qual porção de terras pertencia a Portugal e qual era de propriedade espanhola”, explica o professor Flávio Rodrigues, docente do curso de História do Complexo Educacional FMU. Além disso, existem muitas histórias e lendas de navegadores entre fenícios, vikings, irlandeses, à procura do que havia no Velho Mundo afora, tanto na antiguidade quanto na era medieval. Fatos como estes não eram contados anteriormente por conta de haver dificuldade de se pesquisar sobre história. “Apenas nos anos 70, cursos de MBAs e pós-graduações começaram a surgir no Brasil para que estas questões pudessem ser incluídas nos livros”, finaliza o professor.
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