Esta semana, alguns “sinhores” fantasiados de ditadores, reis e presidentes, acostumados ao “dolce far niente” e aos passeios em visitas às feiras das panelas, surdos e cegos pelo louvor pegajoso do canto e música dos bobos da corte, afirmam terem sido pegos de surpresa. Não gostaram do sabor ácido dos seus próprios venenos.

Deitados em berços esplêndidos depois de “eleitos” no salão dos múltiplos espelhos, focados em seus próprios umbigos e vivendo às expensas das contribuições (algumas compulsórias) dos seus súditos (mesmo, sem fornecer uma única semente), não se conformam e batem o pé de que um simples e reles aprendiz de marinheiro os deixem a ver navios e funde, bem no coração de seus domínios, um outro reino. Temem que aprendiz pretenda arrecadar contribuições dos mesmos esfolados e espoliados súditos. O “marinheiro” não tá nem aí! Do alto das torres de Las Vegas pretende comandar a instalação dos (novos) caça-níqueis. O marketing inicial será o canto das sereias. Depois, a apresentação de sonhos em duas línguas (ambas) ininteligíveis.

Bom... vamos aguardar. Nunca se sabe o que pode acontecer nesta terra de “çuper-idéias”! Quem sabe não se reúnam na távola e ceando alguma perna de javali, ou um churrasco de carne de baleia, fiquem “conventions” (de novo) pelos afagos dos bobos da corte e “bureautas” pelo tal do poder decidam, finalmente, repartir os butins.

De algum lugar Cunhambebe se ri todo. Tem uma quadra de ases. Quem não acredita...