Ritual de passagem dos calouros, o trote tem seus primeiros registros nas universidades europeias, tendo origem na Idade Média. Mas o aluno que passa anos da escola se dedicando a prova do vestibular para conseguir ingressar na faculdade, e seguir a tão sonhada carreira, muitas vezes é obrigado a submeter-se a situações humilhantes, como pintar o corpo, pedir esmola e ingerir alimentos e bebidas contra a sua vontade. Segundo o psicólogo gaúcho, Fernando Elias José, a integração é importante, mas deve ser encontrada uma forma saudável para essa comemoração. “O Trote Solidário é apenas uma maneira de camuflar essa situação de violência, já que o estudante não deve ser forçado a praticar a solidariedade somente para se integrar aos outros alunos e sim voluntariamente”, afirma o especialista em provas, concursos e vestibulares. Sob o risco de serem taxados de caretas durante os próximos anos da faculdade, muitos estudantes participam do trote a contragosto e arcam com as consequências físicas e psicológicas das brincadeiras mais violentas. “O ideal é achar uma forma de integração onde os alunos podem escolher participar ou não”, explica o psicólogo.
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