Há uma falsa força movendo o mundo Uma força que destrói o mundo. Todos os dias ela se multiplica Espalhando sombras nas sombras... Multiplicam-se as sombras, Multiplicam-se as lágrimas Multiplicam-se as dores E as incertezas. Espalha-se, no peito de meus irmãos, Espalha-se, ao redor de minhas mãos, Já sem forças, espalha-se! Espalha-se até mesmo nas estrelas, Doença da penumbra, Que nos envolve a alma num abraço negro. Deixa os cacos, os mortos, os loucos no caminho... Deixa, deixa tudo em mil pedaços tortos, Tudo o que era humano, você já levou. Toda a confiança, todo o amor, tudo acabou! Engana, força da treva, teus escravos enquanto pode... Usurpa até na hora da morte Da esperança que restou! Engana, engana enquanto pode. Ilude todos os sonhos! Tortura! Destrói! Afunda-os engula-os e se faz mais forte! Corrompe até as asas dos anjos, Corrompe até a palavra de um deus. Nada te fará forte! Nada te fará vencer... Lanço desde já um grito de liberdade: Posso viver num mundo da falsidade, Onde a mentira é força da salvação E se tornou o orgulho da razão Nas entranhas da humanidade... Mas, sei, na essência humana há de existir, Bem lá no fundo, revirando tudo, deve haver verdade! Nota do Editor: Edgar Izarelli de Oliveira é poeta e escritor. Trabalha como ator e diretor de marketing para a Compania Nóis se Nóis não é Nóis. Mantém o blog Palavras d’Alma (edizarelli.blogspot.com).
|