Lá, bem longe, lá, distante, lá... Lá, onde você está... É pra lá que o vento me levaria, Se eu fosse um papel de bala Ali, simplesmente, jogado no chão Mas, sou pedra, pesada... O vento não me leva... Aqui, bem perto de você, estou, Mas se nem o mundo Nota minha simples existência... Quem dirá você!!! Jogado num canto Como um boneco Fora de moda... Que você costumava abraçar, Que você levava para debaixo das cobertas Nas noites frias... que você cuidava, Dava banho, punha roupas bonitas, Levava para passear e mostrava para as amigas, Dizendo: “Nunca vou joga-lo fora!” E à noite era a última vista dos seus olhos, A última alma que te ouvia! Em outras palavras... alguém que você amava... Esse sou eu!!! Agora trocado por doces, balas e jogos... Esquecido, dentro de um baú escuro... Com saudades de ti... Balas são doces e jogos divertidos... não eternos... Mas eu tenho ainda um coração que te ama Eternamente!!! Nota do Editor: Edgar Izarelli de Oliveira é poeta e escritor. Trabalha como ator e diretor de marketing para a Compania Nóis se Nóis não é Nóis. Mantém o blog Palavras d’Alma (edizarelli.blogspot.com).
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