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Comportamento
21/11/2010 - 09h00
Quando o amor vira doença
 
 

Crianças, adultos, jovens, velhos, homens e mulheres. Ninguém escapa desse sentimento. Em todas as épocas, seja na literatura, na mitologia, nas letras das canções e nos jornais de hoje estão presentes histórias que relatam cenas e crises de ciúmes entre irmãos, amigos e casais.

Não é para menos, o ciúme, como explica a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho é uma emoção humana extremamente comum. É uma demonstração de medo da perda, de cuidado e querer bem. Entretanto, esse sentimento pode ser um dos principais culpados por centenas de mortes em todo o mundo.

Somente para se ter uma ideia, em Belo Horizonte (MG), de acordo com um levantamento do Centro de Pesquisas em Segurança Pública da PUC-Minas, a cada cinco dias é registrado um assassinato tendo como motivação a paixão obsessiva e o ciúme. Número que representa um em cada dez homicídios na capital mineira.

A linha que divide o ciúme sadio do doentio é tênue. “Como em tudo na vida, o excesso é sempre negativo e destruidor. Não seria diferente em relação a esse sentimento. O perigo está quando as pessoas ficam paranóicas, obsessivas e cegas”, diz a médica.

Para a psicanalista, a dificuldade em se diferenciar o ciúme da doença obsessiva leva grande parte da população a repudiar e esconder esse sentimento. Ela esclarece que em doses moderadas esse sentimento é positivo, pois serve de termômetro para a relação e estimula as pessoas a ficarem atentas às situações de risco.

Obsessão

Tudo começa quando nos sentimos ameaçados. O medo de perder a atenção e o amor do outro acarreta pensamentos irracionais e perturbadores, além de comportamentos inaceitáveis que causam danos, muitas vezes, irrecuperáveis ao ciumento e ao parceiro.

Ligações constantes, perguntas excessivas para verificar se o parceiro estava falando a verdade, checar e-mails e recados no celular, procurar bilhetes em roupas, entre outros, são denominados pelos especialistas como ‘comportamento de verificação’ e são rotineiros de quem sofre desse sentimento.

Insegurança, inveja, medo, humilhação, desconfiança, ansiedade, depressão, raiva, vergonha, perplexidade, culpa e desejo de vingança são sentimentos que acompanham o ciúme patológico. Esses podem logo se transformar em sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Dessa junção explosiva de emoções e suas conseqüências é que surgiu a afirmação popular que o ‘amor cega’, pois impede a distinção do indivíduo do que é certo e errado. Por isso, o ciúme pode ser considerado uma enfermidade psicológica, que sufoca tanto o parceiro como o ciumento. E, pode ser o estopim para o crime passional.

“Tomadas pelo ciúme doentio, algumas pessoas ficam cegas e passam a interpretar evidências de infidelidade, partindo de atos irrelevantes e bobos. Esses ciumentos carregam uma forte pressão emocional, sempre prestes a explodir, e apresentam um modo distorcido de vivenciar o amor”, afirma Soraya.

Esse sentimento destruidor pode ser amenizado com a ajuda de especialistas. Segundo a psicanalista, o tratamento tem como base melhorar a auto-estima do ciumento, resgatando seu amor próprio e a autoconfiança.

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