Se os indicadores permanecerem iguais, a cidade pode ter um surto da doença ainda maior neste verão
| Gianni D’Angelo |  | | | Agente do CCZ visitando casa em Caraguatatuba, SP. |
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O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Caraguá encerrou na última quinta-feira (21/10/2010) a avaliação de densidade larvária (ADL), que informa em quais pontos da cidade estão os principais focos de proliferação do mosquito da dengue. A avaliação mostrou, assim como no ano passado, que a região central é a maior responsável pelos criadouros. O índice normal de larvas é de um ADL, os resultados da avaliação mostram que as regiões norte e sul apresentam média de 0,76 ADL, já no centro chega a 1,11. Ontem (25), agentes do CCZ visitaram as casas do bairro Aruan para informar a população e eliminar possíveis criadouros. A ação continua por mais 15 dias e se estende até os bairros Olaria e Casa Branca, que ficam mais ao sul da região média da cidade. O principal objetivo do ‘arrastão’ é eliminar os focos de dengue, em especial os pratos dos vasos de plantas. Segundo estudo do Centro de Controle de Zoonoses, os pratinhos correspondem a 40% dos focos em Caraguá. O coordenador de Zoonoses, Ricardo Fernandes de Souza, afirmou que a meta é reduzir o índice até a próxima estação, caso contrário, os números da dengue podem aumentar significativamente. “Temos que diminuir a quantidade de focos da larva até o verão, que é o período mais propício para proliferação do mosquito. Comparando os números atuais com os do mesmo período do ano passado, temos um aumento muito grande, as pessoas devem se conscientizar, do contrário, a situação pode ser muito pior”, alertou. Segundo Souza, a situação é preocupante. “No mês de setembro tivemos seis casos da doença. É algo que nem se imaginava há um tempo, pois não é um período comum para proliferação”. Em setembro do ano passado nenhum caso foi notificado, já em 2010, foram 48 notificados, sendo seis positivos e 28 que aguardam resultados.
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