Baixe a tensão analisando o quanto isso é realmente importante na sua vida, no seu sistema de prioridades e crenças
Quase na reta final dos campeonatos, temos visto momentos de alegria por conquistas e reveses quando há seqüências de derrotas ou falhas nos resultados esperados. Esta pressão em nada difere do que acontece no universo empresarial, como explica a consultora em qualidade de vida Suyen Miranda, de São Paulo. Ela alerta que, devido ao alto grau de pressão, “muita energia escondida acaba por transparecer”, gerando desconforto na equipe e insatisfação pessoal, elementos que atrapalham alcançar resultados desejados. Este tipo de sentimento é comum no esporte principalmente quando se trata de competição com os olhos do mundo focados no melhor resultado, não importa a tática. Isso faz com que o equilíbrio emocional altere e esteja sujeito a muita oscilação, até inconsciente. Suyen afirma que isso é normal e esperado. “Imagine você estar com o mesmo grau de pressão que os membros da seleção tiveram de carregar durante a recente Copa. Eles são treinados física e psicologicamente para controlar ao máximo o que falam e expressam. No entanto, todos temos um limiar que pode ser atravessado, conforme o cenário de estresse”, diz. Há muitas situações nas quais não nos abalamos com a pressão, como quando ouvimos xingamentos aleatórios, que valem para qualquer um, não necessariamente nós. Dificilmente nos abalam. Suyen ilustra com um exemplo: “É como aquela moça de cabelos castanhos escuros que ouve “lôraburra”, e certamente vai dar de ombros, afinal não foi com ela, especificamente”. Agora, quando a grita é direcionada para quem somos, tudo muda. Mas vale usar o exemplo dos jogadores no nosso universo corporativo? A consultora afirma que em muitos momentos fica impossível controlar tanta emoção e estresse, daí que reações exaltadas – que depois geram arrependimento - podem nos acometer. E quando isso ocorrer, como proceder? Suyen reforça que é fundamental pedir desculpas imediatamente após esfriar a cabeça, mesmo quando se é a parte injustiçadamente afetada, “mas depois que entrou na briga fica complicado provar sua inocência, certo”, questiona a consultora? “Erros são possíveis e humanos, mas insistir neles é passar o certificado de ignorância a limpo. Se a pressão estourou e as palavras foram duras, assuma o fato porque muito pior é negar o que aconteceu. Baixe a tensão analisando o quanto isso é realmente importante na sua vida, no seu sistema de prioridades e crenças. Com esta análise ficará muito mais fácil assumir as desculpas diretamente a quem ocorreu – se você for famoso, procure os jornalistas e anuncie seu pedido de desculpas; duas vantagens: sua imagem fica elegante e os colegas de profissão ganham uma pauta legal para comentar sobre ética, por que não? – e saiba que quanto maior o progresso pessoal, maior a pressão”, finaliza a consultora, lembrando que críticas sempre existirão, principalmente para quem progride no esporte e na vida corporativa.
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