A Aids continua sendo uma doença letal, sem cura e sem vacina. O único método eficaz para evitá-la é a prevenção. Trata-se de doença transmitida por meio de relações sexuais, pelo sangue e o leite materno. Não há outro meio conhecido de contágio. É triste constatar, mas o Brasil ainda está muito atrasado no tocante à prevenção. Embora do total de casos de Aids notificados até hoje, cerca de 185 mil sejam em homens e 72 mil em mulheres, as estatísticas demonstram que, atualmente, a epidemia cresce mais entre as mulheres. Outro dado preocupante é a crescente incidência entre meninas de 13 a 19 anos, provocada pela atividade sexual precoce. Entre os homens, a via sexual representa 58% dos casos de transmissão de Aids, com maior prevalência nas relações heterossexuais (25%). Entre as mulheres, a transmissão também se dá, predominantemente, pela via sexual (86,2%). Em média, a pessoa infectada pelo HIV demora entre oito e 10 anos para começar a desenvolver os sintomas. Quarta-feira, 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, data de grande importância para que todos se lembrem da gravidade do problema e da necessidade de combatê-lo. Aqui em Vinhedo (SP), as unidades de saúde têm plenas condições de prestar a orientação necessária. O mais importante, contudo, é que todos tenham consciência sobre a importância da prevenção. É responsabilidade de todo cidadão contribuir para reverter o quadro grave ainda existente no País. No Brasil, mais de cem mil pessoas já morreram. Em todo o mundo, já são 40 milhões de infectados pela Aids, que mata oito mil pessoas por dia. Há no Brasil cerca de 600 mil portadores do vírus HIV (o causador da doença), dentre os quais incluem-se as pessoas que já desenvolveram os sintomas e se excluem os óbitos. Mesmo com o desenvolvimento de novos medicamentos e do coquetel de remédios, ainda não há cura para a doença. Assim, todos devem estar alertas, utilizando preservativos nas relações sexuais e evitando radicalmente o uso de drogas (o compartilhamento de seringas para injeção de entorpecentes injetáveis é uma das vias de transmissão da doença). Mulheres grávidas com suspeita de serem portadoras do HIV devem procurar um serviço médico, obtendo orientação sobre as possibilidades de evitar a transmissão para o feto e/ou o bebê. Diante de tudo isso, é importantíssima a orientação das famílias, que não podem abrir mão do diálogo e da orientação correta, aberta e franca de seus jovens e adolescentes. A luta contra a Aids não se esgota com o transcurso do Dia Mundial. Deve ser permanente e incansável. É preciso lembrar que se todos seguirem as recomendações de prevenção, ninguém mais pegaria a doença. Isto é perfeitamente possível. Basta consciência! Nota do Editor: Milton Serafim é prefeito de Vinhedo, em segundo mandato consecutivo.
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