Escritor deixa o tempo migrar Vai do amanhecer ao anoitecer Vigia em andanças que não permitem Sempre o descanso que dele migra. Viaja no pensar o outro O dia do outro O seu dia... Tenta dormir e acordar como o outro e... A noite quase se esvai; Quando acorda parece que percorreu Só... só as noites dos outros Tenta desapegar-se da noite que se esvai. Sabe que dormir é necessário Que a migração para o outro não o descansa Que seu corpo se cansa Que mente e espírito necessitam Migrar para o descanso. E aí... o escritor se cansa e... Dorme. Nota do Editor: Lourdes Moreira é professora da Rede Municipal e Estadual de Ubatuba.
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