Minha poesia é bárbara, tosca, viril, selvagem diamante não-lapidado, dura e brilhante, terna e áspera, encanta e inquieta, ri e chora. Minha poesia é feita de metáforas, imagens, cenários, raios-x, pensamentos, reflexões, verdades, anseios, lamentos, suspiros, palavrões. É como ondas bravias de tempestuosos mares, volúpias, ódios e amores, meteoros, cometas, constelações. É como plácidas águas do lago, traça círculos concêntricos sem-fim, espelho primitivo de Narciso fonte de vaidades, brilho e ilusões. É como fúria indomável de vulcões, lavas, gases e fumaça piroclástica, assusta, inquieta, alerta, aterroriza, é indomável, viril: é movida por paixões. Intrincado jogo de xadrez, inquieta charada, é dura, é terna, é violenta, é suave conforme o momento e a circunstância. Minha poesia é feita de metáforas, de pedras, de flores, de lavas, de água do bem, do mal, de pureza e de lascívia: minha poesia é feita de palavras! Nota do Editor: Pedro J. Bondaczuk é jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – pedrobondaczuk.blogspot.com.
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