Economia, Meio Ambiente e Sociedade foram os temas reunidos na segunda palestra do 2º Encontro com Correspondentes Estrangeiros no Brasil, evento realizado pela Mega Brasil Comunicação, em parceria com a Associação dos Correspondentes Brasileiros em São Paulo. Na mesa de debates os jornalistas Jonathan Weathley (Financial Times e Business Week), Bill Hinchberger (especializado em Meio Ambiente) e Mac Margolis (revista Newsweek), falaram sobre o tema Termômetro: a imagem do Brasil lá fora, pelos olhos da imprensa internacional. Jonathan Weathley, que apresentou uma análise sobre as matérias publicadas em veículos estrangeiros no último mês, disse que a "pauta Brasil" está na moda na imprensa internacional, principalmente quando o assunto é Economia. Segundo ele, "só no Financial Times, são publicadas, em média, de cinco a seis matérias por dia sobre o Brasil, seja como tema, ou apenas como citação". Já para Bill Hinchberger, mesmo tendo o Brasil uma biodiversidade natural muito ampla, a realidade em relação às notícias de Meio Ambiente relacionadas ao País, não é tão positiva assim. "Hoje podemos dizer que existem dois tipos de imagem sobre o Brasil lá fora: a primeira, aquilo que podemos classificar de ’não imagem’, já que temos dificuldade em convencer as pessoas de que existem coisas boas por aqui. A segunda é a de que todo mundo sabe que aqui existe uma floresta e que ela está sendo destruída", explica Hinchberger. O conceito de "não imagem" também foi endossado por Mac Margolis, cuja apresentação esteve fundamentada no clima de violência vivido no Rio de Janeiro. Ele lembrou uma citação da jornalista Tite de Lamare que, em seu artigo A vida entre granadas e cadáveres, afirma que "os cariocas podem se incluir na lista de populações em que o poder invisível da morte domina, cada vez mais, a fragilidade da sua rotina". Para Margolis, a violência urbana à qual o Rio está submetido, acaba por influenciar negativamente na imagem do País, como um todo, já que a Cidade Maravilhosa é um pólo turístico bastante procurado por estrangeiros, o que a torna uma janela para o mundo.
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