Para a consultora em qualidade de vida e comportamento Suyen Miranda, diretora da Solução Labor T&D, a oportunidade de uma entrevista profissional - seja para uma vaga ou para uma promoção tão almejada - é, para a maioria das pessoas, algo que excita, motiva e ao mesmo tempo assusta. "De modo geral não somos treinados para situações onde precisamos mostrar nosso melhor, nosso diferencial, e isso acaba por transparecer quando esta ocasião ocorre", explica. Visando facilitar este processo e para reduzir a insegurança frente ao novo, Suyen Miranda explica que o primeiro passo é procurar agir com o máximo de naturalidade. "A pessoa deve mostrar sua autenticidade, aquilo que só ela tem e é o diferencial. Não adianta querer fingir ser outra pessoa ou ainda agir de modo falso, pois isso transparece facilmente", diz. Conforme a consultora, especializada em treinamentos de postura e comportamento social, quando a pessoa começa a criar um personagem, fingindo características o entrevistador percebe rapidamente, "principalmente quando começam a surgir informações inverídicas, como mentiras sobre cursos, idiomas e mesmo experiência prévia", reforça Suyen Miranda. Saber sobre a empresa, sua filosofia de trabalho e posicionamento no mercado é importante principalmente para ter o que desenvolver numa conversa sobre o que o candidato a vaga ou a promoção poderá oferecer para aumentar os resultados da empresa. Ter conhecimento da empresa e sua cultura aumenta as chances do candidato em apresentar seu melhor alinhado com o que a empresa ou chefia espera do profissional. "Em certas empresas a criatividade e inovação são marca registrada, e valorizada; em outras, o valor às tradições e histórico, em outras o aspecto arrojado, moderno", lembra a consultora. Quanto ao vestuário para esta ocasião, a resposta é simples: "Na dúvida aposte no clássico", explica Suyen. A postura natural também influencia no resultado esperado. Para ela, quando a pessoa se veste somente para agradar, de forma que não esteja alinhada com a personalidade o resultado fica falso. "Sempre é possível usar peças que beneficiem e dêem segurança, além de estarem de acordo com o perfil da vaga", diz Suyen. Esqueça marcas famosas, pois o ambiente profissional quer coerência no discurso e na imagem, daí roupas grifadas não são garantia de bons resultados. "As pessoas são muito receptivas a quem está elegante, seguro de si e agindo com naturalidade", ressalta. Por fim, é preciso lembrar que a conversa será decisiva, e na grande maioria das vezes a escolha recai sobre o candidato melhor entrevistado, que não necessariamente é o mais capacitado. Suyen Miranda lembra que estar consciente de sua imagem para projetar nela sua personalidade, sua marca registrada e lidar com isso de modo a conseguir resultados positivos - o chamado marketing pessoal - faz toda a diferença nas interações sociais. Conclui a consultora, que como publicitária conhece a importância de vender bem a imagem, "as pessoas querem o nosso melhor, o que nos faz sentir bem quando somos bem recebidos, como num círculo virtuoso".
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