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14/06/2010 - 14h00
A verdade sobre a Santa Casa - II
Vicente Malta Pagliuso
 

Em 27 de maio do corrente foi publicada nesta respeitável revista uma matéria por mim subscrita e intitulada “A verdade sobre a Santa Casa”. Digo respeitável revista não por mera reverência, mas por ser hoje, neste rincão, o único veículo midiático, que ainda sobrevive à destruição da “cidadania e civilidade”, que assolou a nossa comunidade, nestes últimos seis anos, pervertendo associações... No período em que vivi em Ubatuba, nunca presenciei tamanha institucionalização da corrupção e omissões. Nesta mistura de: “covardia, criminalidade, corrupção e interesses mesquinhos”, o nosso povo, especialmente os humildes e hipossuficientes, sofre calado (a voz do silêncio). Assim vejo esta voz: nos corredores da Santa Casa, no semblante das crianças vítimas, na falta de comida na mesa do pai de família, na frustração e derrota do empreendedor, no preconceito, na humilhação injusta de pessoas honradas e que contribuíram para a nossa história... Ubatuba vive o momento dos “oportunistas e de escuridão”, que nos faz lembrar os horrores medievais. Certamente, se Cristo, Lutero, os torturados pela repressão e que lutaram por um regime civil, mártires e muitos outros, passassem os olhos por Ubatuba, ficariam horrorizados, com os que representam este povo humilde e a covardia dos que teriam OBRIGAÇÃO de reagir, mas que somente o fazem de quatro em quatro anos, às vésperas de eleições, na tentativa de serem os novos donos das “batatas” e os vilões da vez.

Voltando ao que interessa, na matéria referida, que pode ser consultada nos arquivos desta r. revista, instiguei as pessoas a se manifestarem sobre este importantíssimo tema “SANTA CASA”, pois existe uma ação judicial em andamento, de interesse público, na qual preciso dar um destino legítimo e fiquei meio órfão de interessados. Esperava uma avalanche de artigos, mensagens, abordagens pessoais... Mas para não dizer que: “não aconteceu nada”, recebi duas correspondências e alguns comentários sobre os autores do incêndio ocorrido na Santa Casa e a perda do terreno. Neste sentido registro, que alguns preservaram os santos de seu clã e outros salvaram os filhinhos de sua grei. Em minha opinião, deve ter sido obra do “lobo mau”, com diz uma minha amiguinha.

Entretanto, por conta daquele artigo, fui vítima de um pasquim, que dizem ser do prefeito. Este pasquim, em sua página dois (“página de holocausto” - destinada aos que incomodam o burgomestre e correligionários), fui trucidado com a costumeira ironia e perversidade. Dizem que é o pasquim do prefeito, e com razão, pois o mesmo é o único “IDOLATRADO” naquele instrumento midiático de propaganda. Como o dito pasquim, que todos dizem ser do prefeito, fato inédito, sobrevive sem publicidade, sabe-se lá, quem mantém o referido monstrengo midiático, como é conhecido no meio da comunidade.

Na sua flecha venenosa dizia o pasquim: “Ressurgiu: O velho e triste advogado saiu do sarcófago e começou a escrever de novo... Logo logo veremos representações assinadas pela Dona Cida Passatão. Eita homenzinho covarde! Se esconde atrás de uma velhinha sem juízo.” (esta matéria não está subscrita por seu autor – ainda diz que eu é quem sou covarde! Veja o meu nome no final desta matéria – Eu respondo por ela e pela ação popular em andamento). Assim, presumo ser o prefeito o autor das injúrias acima referidas, pois o assunto que motivou a ofensa relaciona-se diretamente à pessoa dele – responsável pela intervenção!

Para esclarecer: a Dona Cida “Passatão”, como diz o infeliz autor da matéria e que certamente não tem compromisso com este povo humilde é a Dona Cida, a líder comunitária, que defendeu veementemente o povo, contra a compra de um carro importado, para o prefeito passear em suas missões, enquanto, neste município, faltavam ambulâncias para transportar pacientes. A maldição foi tanta, que pelas vias transversas, o tal do “passatão” acabou mesmo virando ambulância. Os gestores do poder, na época, irritados com o sucesso da líder comunitária, começaram a ironizá-la com alcunha de “Cida passatão”. Então, este nome merece respeito e foi usado, com grande oportunismo e hipocrisia, nos discursinhos de plenário, pelos ex-vereadores Eduardo Cesar e Domingos, quando ambicionavam o paço municipal. Isto nos lembra àquela máxima “cuspiu no prato que comeu”. Como a D. Cida, autora desta ação popular que questiona a intervenção e a atual administração da Santa Casa, não possui mais condições pessoais de promovê-la por razões pessoais, eu que era o seu advogado assumi a sua autoria. Portanto, não sei aonde cabe o infeliz comentário de autor desconhecido (possivelmente o Dudu) no que todos dizem ser o seu pasquim. Então acho que covarde foi o desconhecido autor do comentário. Como o cretino não se identificou, não sei de quem e aonde posso me defender; em que pese todos me dizerem que foi a mando ou obra do prefeito! Quanto ao “triste e velho advogado” que saiu do “sarcófago”, realmente assiste razão ao cretino. Referente à velhice nada posso fazer a não ser dormir com a minha consciência tranqüila, de que nunca fui covarde e sempre me fiz presente como cidadão. “Triste”, realmente fico, em sentir de perto a hipocrisia, especialmente a da tribuna e a religiosa. Sentir: o eventual tráfico de influência, conveniências, conivências, condescendências, covardias, omissões... em prejuízo deste povo humilde, dos serviços públicos, dos hipossuficientes, das crianças... Enfim, tantas coisas me fazem triste, que é impossível relatar, as dores que diariamente presencio nos corações de tantos cidadãos e munícipes, enquanto os vilões usufruem de seus banquetes ágapes. Não tenham dúvidas, de que saí do “sarcófago” mesmo; trazendo comigo, as pragas e maldições com aconteceu no Egito!

Finalizando, como os convidados para o debate, não se interessam por este momento de discussão ou pelo tema, em nome do povo sofrido de Ubatuba, eu os convoco, pessoalmente, para que se manifestem, em algum veículo midiático, sob pena de “OMISSÃO”. Assim, o povo poderá ouvi-los, estudar com mais profundidade o assunto e guardar as diversas opiniões. Também, para que os fundamentos da referida ação sejam verdadeiros e legítimos. Neste sentido numa primeira rodada, gostaria de saber o que pensam sobre o assunto os representantes do povo, nesta e na anterior legislatura, especialmente o representante-mor e Presidente da Câmara, o DR. (médico) Ricardo Cortes. Gostaria de saber também a opinião do Presidente do COMUS, na época da intervenção, presidente do PT e ex candidato a prefeito, o Dr Mauricio Moronizato; bem como, o seu vice, conhecido como TATO. Ainda, precisamos saber as opiniões: do Vice-prefeito da época, Professor Domingos e do atual; do provedor da época (que segundo notícias que circulam nas ruas, possui pretensões de sair candidato a prefeito); bem como outros provedores, membros da provedoria, diretores...; o Dr. Guerra que atuou na época em uma função fiscalizadora; a opinião do Sindicato dos Servidores Públicos de Ubatuba (afinal a Prefeitura é a gestora); do representante da Cruz Vermelha. Considero importantes todas as opiniões, qualquer que seja o posicionamento. Portanto convido a se manifestarem, colunistas- colaboradores, pessoas como: Professor Corsino, o Sr. Marcos Guerra e todos àqueles que podem e devem falar alguma coisa sobre a Santa Casa, com o objetivo de enriquecer este tema no seio da comunidade. Entendo que o prefeito já se manifestou em seu possível pasquim, na pg 2, conforme acima mencionado, mas sugiro que o mesmo o faça, oficialmente, em uma edição especial do seu possível pasquim (fornecendo-nos uma prestação de contas de sua intervenção, relatando-nos suas vantagens, o débito atual da entidade...). Finalmente devem se manifestar: os médicos, enfermeiras, funcionários ex-funcionários, pacientes, vítimas, parentes das vítimas. Caso as pessoas não queiram se identificar, podem encaminhar pessoalmente, sigilosamente, o seu recado, bilhete ou correspondência – enviar por e-mail ou outra forma mais segura Ficarei aguardando e prometo sigilo se necessário for!!! Vamos cuidar do que é nosso!

Observação: declaro para os devidos fins que a responsabilidade deste artigo é exclusivamente, DIGO, EXCLUSIVAMENTE, deste subscritor.

Vicente Malta Pagliuso
vmp.cidadania@gmail.com
(Orkut – movimento em defesa da cidadania)

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