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SEÇÃO
Comportamento
03/02/2010 - 13h15
A importância dos limites
 
 

Pesquisadora do comportamento humano nas organizações, a consultora Suyen Miranda alerta quanto a importância de estabelecer limites e controlar os excessos de disponibilidade comuns às pessoas atualmente em sua ânsia por agradar - mesmo que à custa do próprio bem estar financeiro e pessoal.

"As pessoas acabam por dar disponibilidade excessiva de suas coisas, finanças, pertences numa tentativa inútil de serem bem recebidas pelos outros, e estes se habituam a pedir, formando um ciclo vicioso difícil de ser rompido", explica Suyen.

Por isso, reforça Suyen, é bom lembrar que, para cada um de nós, a pessoa mais importante que existe somos nós mesmos. "Vale a máxima da aviação: ao acontecer despressurização da cabine, caem as máscaras de oxigênio e a primeira pessoa que tem que colocar a máscara é você mesmo, depois coloque nos filhos, amigos e quem mais precisar de ajuda", afirma.

Suyen Miranda explica que este pensamento que leva a atitude é inconsciente, quase que automático, e se continuado, leva a pessoa a fazer tudo para os outros e deixar a si mesmo de lado. "Vai desde a pessoa que presta mais atenção e dedica seu tempo cuidando da vida do outro (que pode ser vizinha, amiga, o marido, os personagens da novela... quem quer que seja) ao comum hábito de pessoas que tem pouco recurso financeiro e ainda assim acabam ’emprestando para sempre’ objetos, dinheiro, talões de cheques, cartões, roupas, carros e assim por diante. E o detalhe é que neste caso quase nunca a pessoa faz isso de alma leve e feliz, mas sentindo o peso desta escolha, que privilegia o outro e deprime a si mesmo", declara.

A questão da auto-estima e próprio valor são os dois pontos que precisam ser analisados para a mudança deste comportamento. Suyen questiona o que é melhor: ser coerente consigo mesmo dizendo não, sem estar disponível o tempo todo para quem quase sempre te procura porque precisa de algo, ou dobrar-se às vontades dos outros somente para não arranhar sua imagem de "alma bondosa"?

"Lembro de um cliente que costumava se queixar do movimento de seu salão de beleza, e do fato que recebia muitos pagamentos em cheque pré datados. Ela se sentia mal principalmente porque as clientes que faziam isso não se incomodavam em ir no salão concorrente, mais caro, e pagar à vista, e deixavam para ir no salão da minha cliente quando não tinham dinheiro e assim ’poderiam soltar um chequinho’. Minha cliente concordava com medo de ’perder a freguesia’. Fato que ela, com dificuldade no início, aceitou acabar com os pré datados e trabalhar somente com dinheiro ou cartão. Algumas clientes reclamaram - principalmente as que davam trabalho para receber, pois o cheque era devolvido, daí precisava telefonar cobrando, e as desculpas eram sempre as mesmas... - mas a maioria aceitou claramente a nova regra de pagamentos. O resultado foi interessante: a clientela diminuiu, no primeiro momento, mas estabilizou a seguir e melhorou pouco tempo depois, já que minha cliente estava trabalhando com mais satisfação e isso se refletia na qualidade do serviço prestado, tanto dela quanto da equipe, que desta maneira passou a receber na data correta, sem atrasos e de forma organizada. Ou seja, a mudança trouxe uma paz para a dona do negócio e todos os envolvidos. Esta paz veio dos limites, das regras que possibilitaram menor disponibilidade”, exemplifica.

E como a disponibilidade excessiva transparece nas relações afetivas? "A mulher, que normalmente acredita que precisa agradar sempre, fica ao dispor do amado para qualquer coisa, e assim cancela compromissos, fica ao lado do telefone esperando o telefonema que nunca chega, checa o celular e as mensagens a cada cinco minutos para ter certeza que não perdeu o tão ansioso contato, e mesmo com todo este desrespeito considera estas atitudes normais ’de quem é apaixonado’", diz Suyen.

A consultora explica que pessoas inteiras num relacionamento sabem que além da relação casal há outros aspectos na vida, principalmente porque ninguém nasceu amarrado a sua cara metade. Em sua opinião, é saudável que ambos tenham interesses distintos: "Quando as duas partes tem uma vida rica em realização pessoal, a conversa flui e o amor fica ainda mais intenso porque há a admiração pela outra pessoa, fato fundamental para um relacionamento duradouro e feliz", conclui a consultora.

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