Álcool e cigarro são drogas ilícitas, mas que fazem parte do dia-a-dia da maioria das pessoas, inclusive daquelas que não tem nenhum dos vícios. No trabalho, há regras para quem fuma e não é permitido que os funcionários bebam, mas se o colega for fumante ou tiver problemas de alcoolismo, o hábito pode interferir, sim, no ambiente profissional. “Estudos já mostraram que cigarro e bebida alcoólica estão diretamente relacionados a um alto percentual de acidentes e doenças, que podem prejudicar o andamento da empresa”, explica o administrador e coach ontológico Homero Reis. Segundo ele, essa percepção está fazendo, inclusive, que as empresas restrinjam cada vez mais os locais para fumo. Se o cigarro começar a atrapalhar os colegas ou o desempenho do próprio profissional, o melhor é tentar conversar com o funcionário. “Os vícios são, de fato, problema da empresa e o ideal é que sejam enfrentados por ela”, sugere Homero. A conversa deve ser franca, conduzida de preferência por um psicólogo ocupacional, para mostrar ao fumante que o vício está comprometendo os resultados do trabalho na empresa, tanto individual, quanto coletivo. Mesmo assim, atitudes radicais, como proibir que o funcionário saia para fumar uma vez ou outra durante o expediente, não são recomendadas. Mas é preciso que as pessoas tenham bom senso e estejam atentas ao equilíbrio. “Todo exagero é prejudicial e deve ser enfrentado como um indicativo de que algo está errado e precisa ser corrigido. A questão não é somente do cigarro. Se uma pessoa vai dez vezes ao banheiro durante a jornada de trabalho, precisa ser orientada a procurar um médico”, exemplifica Homero.
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