Este vai para meu amigo, ainda oculto, Elcio Machado. Estive há cerca de quinze dias, na pequena e linda cidade de Oscar Bressane na região de Marília, para entrega de mais um conjunto habitacional do CDHU. Na primeira vez que estive lá, foi para inaugurar a sua unidade do Banco do Povo Paulista, há uns 4 anos atrás e pude participar de uma linda festa, realizada todos os anos no aniversário da Cidade. O atual prefeito Marcos Elias, vice na época do ex-prefeito Joãozinho, me disse que os dois pecados mortais que um gestor pode fazer em sua cidade, é não realizar esta festa e uma outra, de peão de boiadeiro. Mas gostaria de relatar um pouco do que vi, que ao meu ver, tem um grandioso espírito de solidariedade e confraternização. O esquema é simples, o prefeito busca entre os fazendeiros e comerciantes da região as doações, ou seja, bois, carneiros, bebidas etc. Os preparativos começam uma semana antes, com a confecção dos espetinhos, arrumação das mesas, cadeiras e churrasqueiras, num espaço público. Realizado por voluntários, na maioria idosos, que por sinal, se orgulham muito desta tarefa. A festa é para todos e a cidade inteira participa, evidentemente de graça, com comida e bebida a vontade. Lembrei desta estória, quando vi o cercado feito na praia do Cruzeiro, para os shows de verão em Ubatuba. Sei da importância da realização destes eventos em uma cidade turística como a nossa, mas será certo aceitar que empresas realizem tais eventos, com o patrocínio da Prefeitura, utilizando espaço público, cobrando ingresso e deixando o grande povão morador da cidade de fora por falta de grana? Não seria mais democrático abrir os shows para o público geral e deixar para os mais abastados, por exemplo, os camarotes e um setor vip. Enfim, para que serve uma empresa de cultura, com inúmeros funcionários e uma Secretaria de Turismo, se não para organizar e principalmente viabilizar estes eventos? Onde está o trabalho desta gente toda? E a Associação Comercial, só serve para promover palestras? É Elcio, realmente falta competência política, mas a administrativa é a que beira o estado lamentável. Engº Guaracy Fontes Monteiro Filho maritiosso@bol.com.br
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