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13/08/2009 - 06h02
Vamos preservar os corruptos
Fernando Antunes de Faria
 

Não, não confunda, eu estou falando do crustáceo corrupto (seu nome científico é “Callichirus major”), também conhecido como tamburutacas. São parentes próximos dos camarões, siris e caranguejos.

Este crustáceo se assemelha a uma lacraia (não confundir com dançarina ou dançarino do Serginho nos bailes “funks”, que dançava Minha “eguinha” pocotó), e vive sempre escondido no subterrâneo das areias, ou buracos nas costeiras.

Os que vemos normalmente vivem na rebentação das ondas, entre as areias da praia, e o lodo do fundo da praia. Eles receberam este nome por serem difícil de serem capturados por viverem sempre escondidos.

Na década de oitenta o personagem do Jô Soares chamado de general Gutierrez, que vendia um misterioso animal que ficava numa gaiola encoberta: ninguém via o corrupto, mas todo mundo sabia da existência de uma população numerosa do bichinho. Assim é o corrupto marinho: ninguém o vê, mas todo mundo sabe que ele existe em grande quantidade, a julgar pela quantidade de suas tocas visíveis na superfície da areia à beira-mar.

Não, não confunda com Homo sapiens corruptus, seu habitat é na terra, nas Câmaras Municipais, Prefeituras, até o Senado, com predominância em Brasília. Mas nestas últimas décadas, se multiplicou e alastrou por todo o território brasileiro, indo do OIAPOQUE NO AMAPÁ AO CHUI NO RIO GRANDE DO SUL.

Do Oiapoque, digo do Amapá temos o presidente do Senado o ex-presidente José Sarney eleito senador pelo Amapá. Já no Arroio Chuí, digo Rio Grande do Sul temos a governadora Yeda Crusius.

Nas estações do ano onde se verificam as marés mais baixas (e as águas do mar descem, expondo suas casas), os corruptos (tamburutacas), ficam mais fáceis de serem capturados.

É uma das iscas preferidas pelos pescadores que se tornaram seu principal predador.

Já em Brasília, quando a maré das águas da moralidade e vergonha desce muito, o Homos sapiens corruptus, ficam exposto, e por ter aumentado muito a sua população já não se escondem mais, e se expõem, desfilando pelos palácios de Brasília.

O maior predador do Homos sapiens corruptus, é a mídia (aqui em Ubatuba, tem se destacado O Guaruçá, um crustáceo amarelo, que é, diga-se de passagem, amigo dos corruptos (tamburutacas, lógico), seguido dos Ministérios Públicos (estadual e federal), Polícia Federal, mas ultimamente, por terem aumentado em demasia, está sendo praticado o canibalismo entre eles (os corruptos), com denúncias de corrupção recíprocas.

Eles se tornaram muito forte depois que passaram a usar da dieta alimentar do “mensalão”, alimento este muito “rico” com “propriedades” diversas, que lhe permitem resistir com vida por vários dias, quando são capturados, pela mídia.

Uma espécie de Homos sapiens corruptus, que havia sido declarado extinto, o Corruptus collor (que só dá no Estado de Alagoas), ressurgiu, demonstrando a sua alta resistência.

Aliás, os mais resistentes são da região nordeste do país.

Já resolvido a confusão, e explicado as diferenças, passemos aos fatos:

Em minha caminhada matinal à beira-mar, nestes últimos dias, tenho observado várias pessoas, capturando os corruptos, e não somente os corruptos (tamburutacas), mas também tatuíras, “sapinhauá” (um tipo de moluscos entre conchas) e uns caramujos que não sei o nome indígena.

Para capturar as tamburutacas, usavam um extrator de canos de PVC, e para os demais, abriam valas revolvendo a areia (pois todos ficam embaixo da areia). Preocupado pela ação predatória daquelas pessoas, liguei para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e orientaram-me para denunciar à Polícia Ambiental aqui em Ubatuba. A Polícia Ambiental recebeu a denúncia, mas quando solicitado a sua presença naquele momento, justificou não poder atender por serem da guarnição terrestre.

Expliquei que era na beira da praia do Cruzeiro, e o policial justificou que se tratando de mar, teria que ser atendido pela guarnição marítima, e ele estaria passando a ocorrência para Caraguatatuba (em breve, Ubatuba terá uma guarnição marítima informou-me).

Tentando agilizar o atendimento, liguei para a Polícia Ambiental de Caraguatatuba, que prontamente me atendeu, e explicou que nem a guarnição marítima resolveria o problema, pois não há legislação para proteger os corruptos (tamburutacas).

Sendo assim, valho-me d’O Guaruçá, para conclamar aos interessados na preservação da tamburutaca, para formarmos uma Associação de Proteção às Tamburutacas (corruptos) e demais moradores da beira da praia (animais marinhos). Fui informado da intenção do Senhor Júlio César Mendes e estou à disposição. Estarei encaminhando aos vereadores o meu pedido para a criação de uma lei municipal de proteção aos corruptos (tamburutacas, lógico), a exemplo do que há em Santos (SP).

Para finalizar gostaria em nome dos corruptos (tamburutacas) de manifestar os protestos por serem apelidados de corruptos, sugerindo que o maus políticos desse país, estes sim, fosse chamado de tamburutacas.

Fernando Antunes de Faria
fernando.antunes.faria@terra.com.br

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