23/04/2025  10h55
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Comportamento
01/06/2009 - 13h00
O consumo compulsivo: como reverter este processo?
 
 

A consultora em Saúde Financeira Suyen Miranda (www.suyenmiranda.com.br) afirma que mais de 80% do seu universo de pesquisa sobre consumo e endividamento sofre com o consumo compulsivo. Em muitos casos, diz Suyen, a pessoa tem o problema tão introjetado que não o reconhece, considerando a atitude como "natural e normal" de uma sociedade capitalista, o que a consultora explica ser uma visão equivocada. "É o mesmo que dizer que, em uma colisão por desatenção, a culpa do acidente foi do carro, e não do condutor", diz.

E como o consumo compulsivo se inicia? Suyen explica que as pessoas não "nascem compulsivas", mas se tornam como forma compensatória para lidar com frustrações e ansiedade. O ato de comprar traz uma sensação de conforto e redução da dor, como explica a consultora, e por algum tempo age como um bálsamo para este desconforto. No entanto, é uma solução que induz a muitos problemas e tem pouca eficácia. "A pessoa em desequilíbrio e inconsciente do que está a fazer compra alguma coisa - seja desejada ou não - e tem seu momento de alívio, de satisfação. Nesta hora, quando não há o recurso para a compra, a pessoa tende a considerar ’muito fácil’ criar este recurso, como se dissesse para si mesma ’agora eu vou me mexer para resolver isso, e o dinheiro irá aparecer’, o que dificilmente acontece porque não é uma decisão genuína, motivada por um desejo consciente que possa levar a uma superação. É apenas o momento, como que reduzindo a culpa pelo consumo inadequado", afirma Suyen.

Há sinais claros de um consumo compulsivo? Para Suyen, é preciso diferenciar bem o consumo compulsivo de um consumo consciente mas em grande volume. "O compulsivo não precisa comprar algo novo todos os dias, mas sempre adquire coisas em momentos de desconforto emocional, muitas vezes sem que o produto tenha utilidade efetiva, ou mesmo se deixa iludir por promoções e outras formas de estímulo ao consumo projetando um futuro diferente, como que com a compra de um determinado bem algo novo fosse acontecer na vida, ou encerrar algum processo. É o caso comum da mulher frustrada que resolve comprar roupas novas para esquecer um amor antigo, ou com a desculpa de que daquele momento em diante fará melhores escolhas afetivas. Ambos processos decisórios podem acontecer, mas precisam vir de dentro para fora, e não o contrário, precisando do auxílio de roupas ou outros objetos", explica.

E o que deve ser feito para controlar este consumo? A consultora afirma que o primeiro passo para a mudança é ter consciência do problema. O segundo passo envolve um autoconhecimento, e uma terapia pode seguramente trabalhar com eficácia a auto-estima, que em geral é muito baixa entre os portadores deste descontrole. Algumas soluções práticas são apontadas por Suyen para minimizar o problema, mas jamais substituem um bom processo de autoconhecimento terapêutico:

. Não carregar cartões de crédito ou cheques o tempo todo. Se um produto interessar, e o interesse for legítimo, a pessoa terá que voltar para casa, pegar o cartão ou os cheques e retornar ao estabelecimento; neste meio tempo é muito comum que o compulsivo repense o que vai comprar e possa agir com racionalidade, postergando a compra.

. Antes de comprar alguma coisa, respirar fundo e refletir qual a verdadeira utilidade do objeto considerando o momento financeiro pessoal. É algo que pode desequilibrar o orçamento? Se a resposta for sim, prefira poupar o valor e posteriormente adquirir. Mas é algo que pode produzir mais recursos? Analise criteriosamente se vale a pena se endividar por alguma coisa que tenha verdadeiras possibilidades de se pagar, ou gerar renda. Em caso contrário, espere um pouco mais.

. Compras de luxo devem ser feitas somente à vista. Quando se trata de luxo, ou qualquer coisa que seja simples e mero “objeto de desejo”, se houver uma dívida por trás, a culpa pela compra fatalmente virá, e o objeto tão desejado será transformado em um problema ao invés de um delicioso deleite.

. Mesmo com um orçamento apertado, tenha uma folga para atividades de lazer, nem que seja somente o dinheiro da gasolina. A falta de um lazer, que pode ser uma caminhada no parque com a família, ou visitar museus e espetáculos públicos gratuitos ou quase, ajuda a minimizar o estresse do dia-a-dia e estimula uma postura mais racional. "Em indivíduos com alto estresse o descontrole é muito mais fácil, pois o consumo passa a ser a única alternativa de satisfação pessoal", reforça a consultora.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "COMPORTAMENTO"Índice das publicações sobre "COMPORTAMENTO"
01/06/2022 - 06h26 Meu filho não tem amigos, o que fazer?
25/02/2021 - 06h16 Namoro online: atenção aos sinais de alerta
13/02/2021 - 07h17 Namorado gringo?
11/02/2021 - 06h14 Dez dicas de etiqueta nas redes sociais
03/02/2021 - 06h08 Por que insistir em um relacionamento desgastado?
28/01/2021 - 06h19 Mulheres independentes assustam os homens
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.