Muitos estão impressionados com as diversificações das igrejas evangélicas, que, a cada dia, se desdobram, objetivando atender grupos de fiéis específicos. O desdobramento chegou a tal ponto que hoje temos igrejas para surfistas, esportistas, lutadores... O que mais tem causado polêmica no meio evangélico, são as igrejas daqueles que se sentiam excluídos em razão de opção sexual. Questão esta que merece comentários à parte. Julgar, rejeitar, excluir, preconceito, são palavras que revelam situações, que não condizem com a vida de Jesus; entretanto, muito comum nas igrejas. Por outro lado, a capacidade de perdão e compreensão, não significa conivência com o equivocado. Os princípios bíblicos nos ensinam a viver de conformidade com a nossa natureza, ou a reprimirmos a nossa natureza? O que somos e o que devemos sacrificar? Mas a diversificação não é coisa recente. Cristo, provocou a maior das cisões, rasgando a cortina do tempo. Nunca se viu algo semelhante. O nascimento do cristianismo é resultado de uma grande, violenta e sangrenta cisão. Há quem denomine as cisões cristãs, no transcorrer da história, de “rio de sangue”. É difícil saber, quantos grupos de cristãos, divergiram no momento do nascimento da Igreja Católica. Seria este nascimento o resultado de uma união oportuna e política? O nascimento do protestantismo foi conseqüência de histórica cisão, que se desdobrou de maneira incalculável. Hoje, a impressão que se tem é que os desdobramentos religiosos, chegam às raias do esdrúxulo. Alguém comentando estas novidades religiosas, indagou se já existe uma igreja para “políticos corruptos convictos e assumidos”. Francamente, é uma pergunta de difícil resposta. Você acha que existe uma igreja para: “políticos corruptos convictos e hipocritamente assumidos”? Isto nos faz lembrar o Salmo de número cinco (5), que diz: 4 Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. 5 Os loucos não pararão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade. 6 Destruirás aqueles que proferem a mentira; o SENHOR aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento. 9 Porque não há retidão na boca deles; o seu íntimo são verdadeiras maldades; a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua. 10 Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se revoltaram contra ti. 11 Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. 12 Pois tu, SENHOR, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo. Então, não sabemos a natureza de sua igreja e se ela abriga e assumiu a corrupção, mas uma coisa é certa: “Deus abomina a mentira, a fraude e a violência”. Violência esta que pode ser contra as nossas crianças, contra os moribundos... nos péssimos serviços públicos. Terminamos com uma indagação: neste mar de corrupção, é possível e agradável aos Olhos de Deus, ser pastor e vereador; padre e deputado... apoiando uma posição corrupta, iludindo o povo de Deus e brincando fraudulentamente com as coisas de Deus? É possível misturar a água e o óleo? Paz e graça a todos. Vicente Malta Pagliuso vmp@institutoidc.com.br
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