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COLUNISTA
Carlos Rizzo
05/10/2004 - 13h17
Uma mão leva à outra
 
 

Depois das eleições é que se revelam os que realmente sabem se envolver num processo democrático, ou seja, todos aqueles que conseguem colocar de lado suas paixões de campanha, reconhecem que tivemos uma votação sem problemas, e um placar final que refletiu a vontade do povo. Inclusive a pouca diferença de votos reflete a nossa realidade, com seis candidatos completamente antagônicos e com uma população miscigenada é impossível uma diferença mais dilatada. Tivemos desde a Drª Elizabeth como a primeira candidata mulher ao cargo; tivemos Fabrício Gomes candidato alternativo; Eduardo César e Rogério Frediani, na seqüência natural da vida legislativa; Paulo Ramos na seqüência natural de quem está no poder e Tuzino, como o one show man do pedaço.

Infelizmente não me lembro de uma campanha tão bandida como essa que vivemos, a quantidade de baixaria com panfletos anônimos, com boatos, com mentiras, com agressões verbais, documentos falsos, patrulhamento ideológico e até apropriação de jornal, foi deprimente.

O Tuzino vendeu o tempo todo uma pesquisa que lhe dava ampla vantagem. As únicas coisas que conseguiu com isso foi um enorme rombo nas suas contas, um terceiro lugar e uma grande dúvida: ou ele se deixou enganar pelos assessores, ou ele mentiu o tempo todo sobre sua ampla vantagem nas pesquisas.

Paulo Ramos com eleitorado cativo e mais um tanto dos importados apostou que na divisão das oposições a sua vitória seria conseqüência natural. Dormiu de touca e sequer contratou boca de urna. Deixou a vitória escapar por entre os dedos.

Eduardo César fez uma campanha com limites financeiros e na base do voluntariado dos seus assessores, correu por fora e deu um show convocando todos os seus eleitores a irem votar usando a camiseta ou o boné de campanha. O que se via pelas ruas era um mar de camisetas e bonés brancos e, isso com certeza, influenciou muitos dos indecisos.

Encerrada a fase de competições e contabilizados os votos, temos um prefeito em exercício até 31 de dezembro e um prefeito eleito que tomará posse dia primeiro de janeiro. Essa transição de cargos, quando acontece num município pacato ou industrial, deve ser perfeitamente normal e absorvível. Acontecer em plena temporada num município veranista como é Ubatuba atualmente é, no mínimo, temerária.

Na posse de Paulo Ramos em 2000 ele pegou uma prefeitura abandonada, perdeu pelo menos três meses para restabelecer os serviços básicos, terminou a temporada e a prefeitura estava correndo atrás dos prejuízos. Com isso, todo o primeiro ano do seu mandato ficou comprometido, e a maior prejudicada foi Ubatuba e sua economia.

Temos que concordar que o Paulo Ramos tem um fôlego político invejável, concorrer, e bem, a um terceiro mandato de prefeito, é para poucos. Tenho certeza que a bagagem política do Paulo Ramos, é suficiente para reconhecer a importância de um governo de transição no resguardo dos serviços básicos, na segurança do município e dos investimentos que o comércio deve fazer para a temporada de verão.

Acredito que o município está acima da transitoriedade dos cargos, que Paulo Ramos e Eduardo César deverão, o mais breve possível, sentarem-se à mesma mesa para juntos cuidarem de como será a temporada de 2005 para Ubatuba.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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