Alimentação balanceada e de acordo com as necessidades das crianças da cidade está sendo preparada para a volta às aulas
| Gianni D´Angelo |  | | | Cozinheira do projeto Tempero de Mãe serve as crianças nas creches. |
|
Crianças das redes municipal e estadual de ensino ingressam no ano letivo com um gostinho especial. Desde janeiro está sendo preparado o cardápio da alimentação escolar, a antiga merenda. Entre as inovações, alimentos tipicamente caiçaras, como peixe e mexilhão serão integrados à carta que, agora terá salsicha apenas em datas comemorativas, dentro do cachorro-quente. O diretor de Alimentação Escolar da prefeitura de Caraguá, Manuel Vicente da Silva, o Manu, explica que a eliminação do termo merenda se deve a uma mudança conceitual. "Merenda é algo que comemos para tapear a fome, não necessariamente com todos os nutrientes necessários", elucidou. "O que hoje é servido nas escolas deve seguir este conceito, além de não ultrapassar 350 calorias". Manu conta que o novo cardápio está sendo estudado levando em consideração, também, a realidade do município e suas regiões. "Haverá peixe, que é extremamente saudável, e ainda estamos vendo qual a melhor forma de oferecer o mexilhão", disse Manu. "Somos um dos maiores produtores da iguaria e como bons caiçaras não podemos deixá-la de fora". Gostinho de casa Em Caraguá, a merenda escolar atende não só as escolas municipais, mas também as estaduais. Isto é possível por conta do projeto Tempero de Mãe, implantado durante os dois primeiros mandatos de Antonio Carlos. O projeto já foi, inclusive, premiado nacionalmente. Nele, cada escola passou a ter sua própria cozinha, equipada e preparada para receber as mães da comunidade, capacitadas para cozinhar para as crianças com aquele tempero que só mãe sabe fazer igual. Ao todo são aproximadamente 26 mil bem alimentados e satisfeitos. Outra novidade, é a formação de uma equipe de supervisores da alimentação escolar. "Eles percorrerão as escolas para ter a certeza de que tudo está sendo feito como deve", garantiu Manu. "Se necessário, passarão dois, três dias na mesma escola, mas as crianças precisam receber essa atenção". A Secretaria de Educação também disponibilizará um nutricionista, que ficará de plantão, para orientar mães e famílias daquelas crianças que sofrem de alguma patologia ou restrição alimentar. "Há as que tem diabetes ou intolerância à lactose", exemplificou o diretor. "Por isso o tratamento que recebem na escola precisa ser estendido também em casa".
|