O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve ontem (10) a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. Essa taxa remunera os títulos depositados no Serviço Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e é usada pelo BC como instrumento de controle da inflação. Quanto mais alta a Selic, mais caro fica o crédito, o que desestimula o consumo de bens e serviços. Quanto a Selic é alta, os bancos preferem comprar títulos do governo, remunerados pela Selic, do que emprestar aos consumidores. No início deste ano, a Selic estava em 11,25%, permaneceu assim em março, subiu para 11,75% em abril, e na reuniões seguintes do Copom também foi elevada: 12,25% em junho, 13% em julho e 13,75% em setembro e outubro. A taxa de juros fixada pelo Copom é a meta para a Selic e normalmente vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do comitê. No entanto, pode ser definido o chamado viés, que permite ao presidente do BC alterar a taxa a qualquer momento entre as reuniões. A última vez que isso aconteceu foi em março de 2003, quando foi estabelecido o viés de alta, ou seja, o presidente do BC podia elevar a Selic.
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