22/11/2024  19h32
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
COLUNISTA
Carlos Rizzo
10/12/2008 - 07h00
Caríssima dona Amélia Olaio
 
 

Tantas vezes consegui escapar e desta não teve jeito, a Marina conseguiu me entregar. Depois de tantos anos recebo o seu bilhete me repreendendo pelos meus erros. Desde lá antevia a bronca e, desde lá a senhora já sabia a minha resposta. Não sou contra a ordem alfabética. A falta de dinheiro me obrigou a publicar a lista das aves de Ubatuba de 2002 obedecendo somente a ordem das famílias das aves e sem que tivesse a chance para incluir um índice em ordem alfabética.

Falta de dinheiro, dona Amélia, só isso, nada mais.

A senhora se foi e não pude mostrar que corrigi o erro publicando a lista de 2006 com um índice remissivo que possibilita a consulta com qualquer nome com que se conheça a ave a ser anotada.

As outras coisas que a senhora sempre me chamou a atenção, continuo atento. Cada vez que insiro um parágrafo lembro dos seus puxões de orelha. Sua ausente presença está lá, na ponta do dedo a teclar cada espaço normativo para o início das frases.

A senhora continua presente a cada vez que vejo um Lophornis e atento para as cores das penas na esperança que vamos nos encontrar para lhe dizer cada cor avistada.

Sinto falta da senhora, tanta coisa acontecendo e ninguém para conversar como a gente conversava, de um ponto muito adiante para uma conclusão fora do alcance dos olhos comuns. Conversas sempre encerradas por um sorrizinho me dizendo: um dia você chega lá.

Hoje sem a senhora a me construir tenho que continuar a me dizer: um dia chego lá!

Fazer o quê? A vida nos impõe assim. Espero que aí, junto do Senhor, tenha muitas aráceas para os seus desenhos, espero que tenha o Lophornis a lhe expor os ansiados detalhes e que haja muitos textos humanos para traduzir para a linguagem celestial. A senhora conhece muito bem os dois idiomas e saberá explicar nossas absurdas atitudes ao séqüito divino para que eles colaborem com o Senhor a nos proteger.

Tenho a certeza que a senhora está feliz com o sucesso das “aves de Ubatuba”. Desde o começo sempre foi grande incentivadora com o seu entusiasmo e críticas construtivas, tanto que, passados tantos anos os seus conselhos são carinhosamente bem-vindos.

Saudades.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
ÚLTIMAS DA COLUNA "CARLOS RIZZO"Índice da coluna "Carlos Rizzo"
12/01/2009 - 11h01 Curso de observação de aves a distância
10/01/2009 - 08h14 Ainda 2008
29/12/2008 - 14h17 Aves de Ubatuba em destaque
27/12/2008 - 09h27 Lançamento de mini-guia das aves
25/12/2008 - 09h00 Do gugu-dada a Pavarotti
23/12/2008 - 14h37 Cadê a vaca?
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.