Os brasileiros estão vivendo mais. A constatação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem (1º) dados sobre a expectativa de vida dos brasileiros referentes ao ano de 2007. Segundo o estudo, a população vive mais 5,57 anos, se comparada a 16 anos atrás. Em 1991, a expectativa de vida de um brasileiro era de 67 anos. Em 2007, o número aumentou para 72,57 anos. A mortalidade infantil diminuiu em 46% em todo o país no período. Todos os estados nordestinos tiveram um declínio considerável, principalmente Alagoas, com 58,23%. Segundo a pesquisa, entre 20 e 24 anos marca a grande diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres. Os mais expressivos diferenciais por sexo são encontrados nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, certamente fruto da combinação de efeitos como a maior longevidade feminina e as mortes por causas externas, como a violência entre a população masculina jovem. Caso não houvesse esse aumento na quantidade de mortes entre homens jovens, a esperança de vida ao nascer de um brasileiro poderia ser de dois ou três anos a mais. Em 2000, havia mais de um milhão de mulheres em comparação à população masculina nessa faixa etária. A quantidade de homens e mulheres, de acordo com a pesquisa, deve se equilibrar a partir de 2040, quando haverá uma diminuição da população jovem. A pesquisa mostra também que os homens das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste vivem mais do que os das Regiões Norte e Nordeste. Em alguns estados, essa diferença pode ser de quase 10 anos. Em 2007, um homem em Santa Catarina, por exemplo, tinha a expectativa de vida de 72,09 anos, enquanto no Maranhão a esperança de vida era de 62,86 anos. Mesmo assim, entre 1991 e 2007, a expectativa de vida dos homens destas regiões cresceu, principalmente no Nordeste com 6,61%, o maior aumento do Brasil.
|