Para o arquiteto e especialista em projetos de interiores em ambientes corporativos Silvio Heilbut, o desenvolvimento e a inovação do ambiente de trabalho tendem, e têm que, necessariamente, acompanharem as potencialidades e as novas necessidades que surgem a todo tempo no dia-a-dia do ser humano. No meio corporativo isso é ainda mais urgente por conta da influência que isso traz aos lucros ou prejuízos de uma empresa.

Mas, primeiro, vem a pergunta: - E os prédios no futuro? Como serão?

Silvio Heilbut levanta a questão do fornecimento de energia como uma das mais preocupantes na hora do planejamento, pois, talvez, todos os prédios vão precisar gerar sua própria energia. E, em termos de estrutura, as fachadas dos prédios terão que ser mais termo-absorventes, para reduzir as necessidades de ar condicionado. Os materiais de construção tenderão a ser mais resistentes e mais leves.

Quanto ao remodelamento dos escritórios, deve-se pensar fundamentalmente em necessidades, custos e conforto, possibilitando que a empresa desenvolva suas atividades com eficiência.

Para isso, desde os carpetes, que deverão absorver melhor a acústica, às luminárias, que terão lâmpadas menores de maior vida útil acopladas ao mobiliário, toda alteração, quando bem planejada, poderá aprimorar o espaço de trabalho por um longo tempo, para que não seja inócua e logo se torne obsoleta.

As CPUs poderão ser eliminadas também, uma vez que os arquivos estarão mais seguros distribuídos em Data Centres, localizados em qualquer lugar do mundo, onde o preço de arquivamento seja mais barato. E a tendência da telecomunicação, por exemplo, é que se desenvolva e que seja cada vez mais compacta, a ponto de se eliminar de vez a fiação dentro dos escritórios.

Home Office

Para Silvio Heilbut, está será, seguramente, a tendência futura dos escritórios: "Trabalhar em Casa".

Talvez a grande solução para os crescentes custos do espaço nos escritórios seja fazer com que nem todos os funcionários precisem estar todo o tempo na sede da empresa. Eles deverão ser mandados para casa. Vão trabalhar em casa. Um funcionário na sede representa além do espaço ocupado por sua mesa, uma vaga de garagem, carga térmica no sistema de ar condicionado, telefone, energia elétrica, banheiro, café etc.

Agora, se ele for trabalhar em casa, estará usando a sua vaga na garagem, o seu espaço de mesa, o seu banheiro, o seu café, a sua energia elétrica e, talvez, nem sinta falta do ar condicionado, pois poderá trabalhar à vontade, até mesmo na piscina se for o caso. A empresa teria que fornecer uma estação de trabalho simples, porém adequada e, certamente, mais barata que a do escritório.

Mais um exemplo: as reuniões através de videoconferência passarão a ser cada vez mais freqüentes e mais baratas. Os equipamentos hoje são encontrados com facilidade e a custos acessíveis. Por que não instalar equipamentos na residência dos funcionários, junto ao seu home-office?

Com certeza o futuro dos espaços empresariais está muito próximo à tecnologia de comunicação e aos custos operacionais. A administração destes espaços dependerá sempre da política de cada empresa, das suas necessidades e da forma como ela trabalha.

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