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Internacional
18/09/2004 - 14h02
ONU: Assembléia Geral começa terça-feira
Paula Menna Barreto - ABr
 

Na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), os preparativos para a 59ª Assembléia Geral já começaram. Na próxima terça-feira, 21/9, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, mantém a tradição de 58 anos e abre a reunião.

Desde 1946, um brasileiro é o primeiro a discursar na Assembléia Geral da ONU. Naquele ano, foi o chanceler Oswaldo Aranha o único a ter o discurso pronto quando solicitado. A partir dali, sempre um brasileiro tem sido o primeiro a se pronunciar na reunião que congrega chefes de Estado de quase todos os países do mundo.

Antes, no dia 20 de setembro, Lula tem um encontro considerado histórico. O presidente discute com líderes mundiais possibilidades de encontrar recursos para manter as Metas do Milênio, com o objetivo de reduzir em 50% a fome e a pobreza no mundo. Segundo dados das Nações Unidas e do Banco Mundial, são necessários US$ 50 bilhões anuais adicionais para que as metas sejam cumpridas até 2015, conforme estabeleceu a Conferência do Milênio, que, em setembro de 2000, reuniu 191 chefes de Estado.

De acordo com o relatório "Global Monitoring Report", das Nações Unidas, entre 1998 e 2002, o crescimento per capita no mundo ficou em menos de 2%, em 60% dos países de baixa renda. Ainda segundo o relatório, em 32% desses países as taxas de crescimento foram negativas.

Por isso, o governo brasileiro acredita que seja necessária uma mobilização de apoio político e financeiro para erradicar a pobreza e a fome, o que também é uma das principais ações de política externa brasileira.

Ao final da reunião do dia 20, com mais de 55 chefes de Estado e de governo já confirmados, uma declaração deve ser assinada por todos os participantes. Um consenso é esperado para que ações concretas em favor do desenvolvimento econômico e social sejam encontradas.

O presidente Lula é apoiado e parabenizado pela iniciativa de reunir tantos países em torno da questão social no mundo. Para o estudante americano Matt Hurley, os Estados Unidos deveriam também participar de tal mobilização. "O Brasil serve de exemplo que eu gostaria de ver o meu país seguir, ao invés de estar tão preocupado com armas e guerras", afirma.

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