Apesar da “Farmácia Popular do Brasil” ser um programa do Governo Federal, um desses politiqueiros de cidade do interior tentava, com um discurso eleitoreiro, tirar proveito da inauguração de uma unidade. Um cidadão que ouvia a papagaiada, fornecedor da Prefeitura Municipal e conhecedor dos ajustes que o demagogo fazia para amealhar fortuna, não resistiu e deixou escapar baixinho: - Esse está roubando! De pronto, um cupincha que havia sido convocado para fazer número, a seu lado, retrucou: - Não senhor! Isso não é verdade! O cidadão, que tinha contas pendentes com órgãos municipais e não conseguia recebê-las, insistiu: - Está roubando... e muito! Foi aí que o puxa-saco deixou escapar a singularidade: - Ele ganha comissão, mas roubar... nunca!
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