Você conhece um sujeito que desistiu da própria candidatura (mesmo sendo, como dizem por aí, um “campeão de votos”), saiu do partido em que estava filiado, se bandeou para “o outro lado” e agora cospe no prato onde comeu durante muito tempo? Recentemente, um amigo meu deparou com ele, no calçadão do Centro, fazendo campanha para o “cara” que deu uma rasteira em companheiro de partido que pleiteava disputar a eleição majoritária. Dizem, as más-línguas, que para isso o judas fez acordo com o demo... O ex-pré-candidato, segundo minha fonte, distribuía uma propaganda caseira que, além de não obedecer a legislação, trazia em um dos lados a imagem do judas e do outro a do demo... (Seria essa uma das provas do acordo que dizem não existir?) Apesar de serem farinha do mesmo saco, os tinhosos inscreveram-se em coalizões antagônicas. Chamar aquilo de “santinho” é contrariar, por demais, a natureza das coisas. O treco deve ser chamado, no mínimo, é de “diabinho”. Estranhamente, a empresa onde o tal cabo eleitoral está empregado faz vista grossa para a atuação do mesmo que, de modo idêntico a muitos agentes públicos municipais, faz politicagem em pleno horário de expediente. O que você imaginaria se soubesse que a organização é uma concessionária de serviços públicos?
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