O Embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Nuñes Mosquera, afirmou na sexta-feira, dia 2, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que há muito trabalho para "incrementar o comércio e os investimentos" entre os dois países. No ano passado, o total das importações feitas por Cuba somaram US$ 4,5 bilhões e menos de US$ 100 milhões correspondiam ao Brasil. De um total de 400 empresas com capital misto, Cuba se ressente de ter apenas duas companhias em conjunto com os brasileiros: a Busscar, fabricante de ônibus, e a Souza Cruz, de cigarros. O embaixador considera esse número muito baixo para países com "raízes culturais muito similares". Pedro Mosquera considera o Brasil um dos principais mercados de comércio internacional de Cuba "por seu peso econômico na América Latina, onde tem uma situação privilegiada, e pela complementaridade das economias". O embaixador destacou a importância do financiamento do BNDES nesse processo de elevação do fluxo de comércio bilateral. Nos dois meses em que se encontra no país, ele se reuniu com vários ministros e com o presidente do BNDES, Carlos Lessa. O governo cubano realizará na Firjan no período de 11 a 14 de maio próximo o "Encontro Empresarial Brasil-Cuba" e uma exposição de produtos cubanos. O conselheiro comercial de Cuba, Francisco Pacheco, disse que o fórum empresarial e a exposição buscam despertar nos empresários dos dois países uma ação comum em torno de terceiros mercados do Caribe e da América Central. Pacheco garantiu que Cuba pode ser um "importante aliado do Brasil para trabalhar os mercados emergentes" destes países.
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