Ranking das cidades
Moscou é a cidade mais cara do mundo para expatriados pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com a última Pesquisa de Custo de Vida realizada pela Mercer. Tóquio ocupa a segunda posição, subindo dois lugares em relação ao ano passado, enquanto Londres caiu uma posição, ocupando o terceiro lugar. Oslo sobiu seis lugares, indo para o 4º lugar e é seguido por Seul, em 5º. Assunção, no Paraguai, é a cidade mais barata pela sexta vez. Com Nova York considerada como a cidade-base da pesquisa com 100 pontos, Moscou ficou com 142.4 e é quase três vezes mais cara do que Assunção, com um índice de 52.5. Ao contrário da tendência observada no ano passado, a diferença entre a cidade mais cara e a mais barata do mundo parece agora estar aumentando. A Pesquisa da Mercer cobre 143 cidades de seis continentes e mede o custo comparativo de mais de 200 itens em cada localidade, incluindo acomodação, transporte, alimentação, vestuário, bens domésticos duráveis e entretenimento. É a pesquisa de custo de vida mais abrangente do mundo, sendo utilizada para ajudar empresas multinacionais e governos a determinar auxílios de remuneração para seus funcionários expatriados. Yvonne Traber, gerente de pesquisa e diretora da Mercer, localizada em Genebra, comentou: "As condições atuais do mercado têm levado ao enfraquecimento do dólar americano que, juntamente com o fortalecimento do Euro e de muitas outras moedas, causou mudanças significativas no ranking deste ano." Ela acrescentou: "Embora as cidades tradicionalmente caras da Europa Ocidental e Ásia ainda permaneçam entre as 20 primeiras, cidades da Europa Oriental, Brasil e Índia subiram na lista. Por outro lado, alguns locais como Estocolmo e Nova York aparecem agora menos caras na comparação. Nossa pesquisa confirma a tendência global em aumentos de preço para certos gêneros alimentícios e gasolina, ainda que o aumento não seja consistente em todos os locais. Isso é parcialmente balanceado pelo declínio de preços em algumas mercadorias como eletro-eletrônicos e outros utensílios domésticos. Atribuímos isso a importações mais baratas de países desenvolvidos, especialmente a China, e a avanços na tecnologia." "Manter-se informado sobre as mudanças em custo de vida para expatriados é essencial para a empresa assegurar que seus empregados estão sendo remunerados de forma justa e competitiva quando estão fora de seu país," observou Traber. "Em alguns casos, os aumentos de custo de vida podem estar correlacionados a países com um alto índice de crescimento econômico. As empresas podem atribuir alta prioridade à expansão nessas economias, mas podem ter que lidar com pressões inflacionárias devido à competição por moradia para expatriados e outros serviços, como observado em nossas pesquisas," ela comentou. Por exemplo, a Lativia teve um crescimento real do PIB de 10.2% em 2007, bem acima do índice global médio de crescimento de 5.2%, e sua capital, Riga, pulou do 72º, um ano atrás, para o 46º lugar, no último ranking da Mercer. Todas as cidades da Índia subiram no ranking de custo de vida, com Nova Deli ocupando o 55º lugar (68º no ano passado), uma vez que a Índia relatou um índice real de crescimento do PIB de 9.2% em 2007. Bogotá pulou de 112ª para a posição 87ª, refletindo o crescimento real de 7% da Colômbia. Europa, Oriente Médio e África Moscou é a cidade mais cara tanto da Europa quanto globalmente pelo terceiro ano consecutivo. A classificação da cidade tem aumentado regularmente durante os últimos anos e apresenta hoje 142.4 pontos (comparados a 134.4 em 2007 e 123.9 em 2006)." A posição de Moscou como o local mais caro para moradia de expatriado tem sido fortalecida pela valorização do rublo contra o dólar americano e o contínuo aumento de custos com moradia," mencionou Traber. Londres é a próxima cidade européia no ranking ocupando a 3ª posição (125 pontos), caindo uma em relação ao ano passado, enquanto Oslo subiu seis lugares, ocupando o 4º com 118.3 pontos. "Os preços de propriedades na Noruega estavam em alta até o final do ano passado após 50% de aumento nos últimos cinco anos. Acompanhado do fortalecimento contínuo da moeda norueguesa, isso tem criado um crescimento substancial em custo de vida para expatriados em Oslo," complementou Traber. Outras cidades européias entre as top 10 globais incluem Copenhaguem, em 7º (117.2), e Genebra, em 8º (115.8). Ambas as cidades caíram um lugar em relação ao ano passado. Zurique permanece na 9ª posição (112.7), enquanto que Milão subiu uma, indo para a 10ª com 111.3. Sofia, na Bulgária, é novamente a cidade européia mais barata para expatriados em 97º lugar (76.9), embora a cidade tenha subido 11 lugares no ranking geral. Várias cidades européias sofreram um aumento significativo no ranking este ano, principalmente como um resultado do fortalecimento da moeda local contra o dólar americano. Por exemplo, Praga pulou da 49º para a 29ª posição (96) e Varsóvia foi para o 35º lugar (95) comparado ao 67º em 2007. Istanbul subiu 15 lugares posicionando-se no 23º (99.4), refletindo valorização da moeda local contra o dólar americano, assim como um aumento geral de preço, especialmente para moradia. Além de Londres ter caído uma posição, outras duas cidades do Reino Unido, Birmingham e Glasgow, desceram no ranking, caindo de 41 para 66 (85.4) e de 36 para 69 (84), respectivamente. "Em contraste com o fortalecimento do euro e de outras moedas européias, a libra britânica permaneceu relativamente estável contra o dólar americano. Uma vez que o custo de vida na zona da Europa tem subido em relação aos EUA, as cidades do Reino Unido caíram no ranking", de acordo com Traber. Tel Aviv é novamente a cidade mais cara do Oriente Médio, ocupando a 14ª posição (105) na lista global, subindo três lugares em relação a 2007. Tanto Dubai como Abu Dhabi caíram significativamente este ano, ocupando o 52º (89.3) e 65º (85.7) lugares, respectivamente. Isso se deve principalmente à moeda local estar fixada ao dólar. A maioria das cidades africanas da pesquisa desceram no ranking com exceção de Lagos, na Nigéria, que pulou sete posições juntando-se às top 30, ficando em 30º lugar (95.9). As Américas A única cidade norte-americana classificada entre as top 50 este ano é Nova York, em 22º lugar (100), caindo sete lugares em um ano. Todas as outras cidades americanas também sofreram um declínio significativo no ranking. Por exemplo, Los Angeles passou da 42ª posição para a 55ª (87.5), Miami da 51ª para a 75ª (82) e Washington, DC, da 85ª para a 107ª (74.6). O declínio das cidades americanas no ranking deve-se à desvalorização do dólar americano em relação à maioria das principais moedas do mundo. Ele tem caído de forma regular durante os últimos anos, o que resultou em uma redução geral no custo de vida de 19 cidades americanas, em relação a outras grandes cidades globais pesquisadas.
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