No feriado, de Nove de Julho, recebi a sempre grata e divertida visita de Manolo Insula. Era esperada já algum tempo. Manolo chegou eufórico, hilário e gozador. De cara veio dizendo: - Você está ótimo. O tempo não passa por você. Poxa, meu! Esperava te encontrar deitado na urna funerária que fizeram para enterrar a CUT, o Sindicato e todos da CHAPA 1. Desta vez conseguiu escapar e sobreviver. Não se confia, não. Tem gente, por aí, que não respeita ninguém. Por uma gratificação e/ou um carguinho em comissão ou contratado como eventual, mesmo que só seja até o final do ano, vendem colega, sindicato, ética, probidade, negociam empréstimos com BANCO, para os coitados dos funcionários endividados, cobrando, para eles, 5% (cinco por cento), caluniam, difamam e até comemoram as derrotas repassando a carne do churrasco, da esperada vitória, para a Cantina. - Que é isso, Manolo, de onde tirou todo isso? - “Rede de informações Insula Barataria Ltda”. Você sabe que em um dia em Ubatuba recebo mais informações que vocês que moram aqui. Já provei isso outras vezes. Quer que te fale outras novidades da política? Coisas muito graves. - Acalma-te, Manolo. De política agora não dá para falar. A censura proíbe. Até o Senado desistiu de impedir, nas eleições, a participação de supostos corruptos e já condenados. - Falar pode. Não pode publicar fatos de improbidade atribuídos a candidatos. Falar os podres de nossos impolutos políticos é proibido. Publicar idéias e discutir procedimentos é permitido. Não podemos ter medo. É necessário ficarmos atentos aos movimentos subterrâneos de abertura de cofres e à identificação de compradores e vendidos. Só assim Ubatuba poderá mudar. Entendo que você, já tão visado, não queira se envolver em pândegas. - De política partidária não quero saber. Pretendo manter-me afastado. Se puder ajudar alguém com idéias o farei com muito prazer e sem almejar nada. Só desejo o melhor para Ubatuba. (VIVA UBATUBA! Sem dengue e sem caluniadores.)
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