A inflação oficial deve ultrapassar a metas fixada pelo governo de 6,5% ao ano, na avaliação da coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes. “Com a continuidade da pressão dos alimentos e com a alta dos preços administrados, tarifas públicas como energia elétrica e álcool, que vão incidir no mês de julho, não é improvável que a taxa dos [dos 12 meses fechados em julho] atinja 6,5%”. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo anualizado (nos 12 meses fechados em junho) já está em 6,06%. A inflação dos alimentos (2,11%) em junho é a maior desde janeiro de 2003. Para os meses de junho, o índice só foi ultrapassado em 1994, no início do Plano Real. Eulina Nunes disse que devem subir as tarifas de água e esgoto em Belém, Fortaleza e Porto Alegre. Segundo ela, também ficarão mais caros a energia elétrica, em São Paulo e Curitiba, o preço das passagens de ônibus interestaduais, do álcool, do gás natural e do diesel em todo o país.
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