O mercado de cervejas especiais no Brasil vem crescendo bastante nos últimos anos. Hoje o brasileiro já pode comprar em seu supermercado predileto, ou tomar em seu bar preferido, marcas consagradas no mundo todo. Cervejas como a alemã Weihenstephaner, produzida pela cervejaria mais antiga do mundo ainda em atividade - desde 1040 -, ou a premiada inglesa Fuller`s ESB, importada pela Boxer do Brasil, já podem ser adquiridas a bons preços. Se não bastasse a gama de importadas que chegam por aqui ainda temos o crescimento das cervejas nacionais, impulsionado principalmente pela qualidade das produções de microcervejarias que se espalham pelo país. Vemos como um grande destaque desta qualidade a paulista Bamberg, eleita a melhor pilsen artesanal do Brasil, que hoje conta com diferentes tipos de cerveja em sua carta. A mais peculiar delas é a Munchen. Esta cerveja é produzida com ingredientes originários da região de Munique, Alemanha. Possui cor marrom avermelhada e um aroma marcante de malte combinado com o frescor do lúpulo. Harmoniza com pratos de carne bovina, suína ou frango. A mineira Falke Bier produz três tipos de chope, além da cerveja estilo belga Monasterium, outra que merece a atenção de quem busca qualidade. Em Ribeirão Preto, a Colorado volta sua produção para a valorização de ingredientes tipicamente brasileiros, e usa na fórmula da Índica, uma de suas produções, a rapadura. A Ibeer, importadora do Rio Grande do Sul também trouxe ótimas cervejas para o Brasil como a Edelweiss e a Starobrno. A Edelweiss é feita com água da fonte dos alpes suíços-austríacos. E como devemos apreciar estes produtos diferenciados que vem ganhando seu lugar no mercado? Seguindo algumas poucas regras pode-se criar um ritual para valorizar e melhor assimilar todas as qualidades guardadas dentro destas preciosas garrafas. Guarde as garrafas em pé, em um local seco, fresco e sem luz. Deixe a cerveja gelar com pelo menos 48 horas de antecedência. No dia da degustação, faça-a em ordem crescente. Inicie por cervejas de teor alcoólico mais baixo e sabores menos encorpados, terminando com a cerveja mais complexa e de teor alcoólico mais alto. Um local sem fumaça de cigarro, cheiros de alimentos ou perfumes vai facilitar a percepção dos aromas, assim como um bom copo irá permitir que as características presentes na cerveja sejam percebidas. O copo ideal deve ter o fundo grande e a borda estreita. Para sua lavagem apenas detergente neutro e enxágüe em água abundante. Nunca use panos ou papel para secá-lo. As cervejas devem ser degustadas em temperaturas que permitam apreciar todas as suas qualidades. Em geral, pode-se consumi-las de 4 a 15°C, dependendo do estilo escolhido. Muitas marcas indicam no rótulo a temperatura ideal de consumo. Finalmente chegou a hora de beber a cerveja! Após servi-la, verifique a sua aparência, analisando a cor, transparência, presença ou não de articulas e sedimentos, carbonatação e formação e duração de espuma. Gire o copo para sentir melhor o aroma da bebida. Para saborear a cerveja é preciso bebê-la aos goles. O paladar distingue os quatro sabores básicos: doce, ácido, salgado e amargo. Portanto, deixe o líquido fluir sobre a língua até o céu da boca e absorva um pouco de ar junto. Agora que você já tem as dicas para uma boa degustação, mãos à obra! Saúde!
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