24/04/2025  02h04
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Comportamento
06/05/2008 - 18h12
Liberdade para a criatividade
 
 
Empresa adota administração informal, liberdade digital e horários flexíveis para estimular a criatividade e o comprometimento dos empregados

Horários rígidos. Uso de internet e e-mails monitorados, com sites bloqueados e uso de conversas instantâneas vetadas. Orientações sobre a maneira de vestir. Muitas pessoas já estão acostumadas com as regras de empresas que exigem um comportamento formal e se esforçam para controlar a produtividade do seu empregado durante o expediente.

Entretanto, existem também empresas que trabalham no caminho contrário, com horários flexíveis, incentivo do uso da internet de forma liberada, incluindo ferramentas para conversas on line, como o Messenger, ou sites de relacionamento, como o Orkut, e até mesmo possuem videogame para descontração da equipe.

É o caso da agência de comunicação on line Plan B, de Belo Horizonte, que tem 38 colaboradores que trabalham coordenados pelos jovens diretores-fundadores, Daniel Negreiros, 31 anos, Clécio Wanis, 31 anos, e Thiago Miqueri, 26 anos. "O incentivo ao uso da internet não é apenas porque a internet faz parte do negócio, e, sim, para colaborar com o ambiente da empresa, descontraído, informal. O empregado tem que se sentir à vontade, para liberar sua criatividade", acredita o publicitário Daniel Negreiros.

"O uso do Messenger, por exemplo, pode ser profissional ou pessoal. Em termos profissionais, as conversas com clientes ou fornecedores on line significam economia, já que elas não são feitas por telefone. Em termos pessoais, não vemos problemas em alguém conversar com um amigo durante o expediente e gostamos dessa liberdade. A internet também é uma ótima fonte de pesquisa e o nosso colaborador pode ficar livre para ler as notícias do seu interesse", completa Daniel. Sobre o videogame, Daniel conta que é usado sempre no final do expediente ou quando algum profissional precisa "esfriar" um pouco a cabeça.

A agência não possui restrições quanto ao vestuário e nem quanto à mesa dos colaboradores. "Tudo é uma questão de bom senso. As mulheres não vêm de minissaia ou decotes porque têm consciência de que estão vindo para o ambiente de trabalho. Mas, ao mesmo tempo, não vêm de terninhos ou tailleurs, roupas muito formais. Nós, os homens, também quase não usamos ternos. Não é preciso ser formal para estar bem vestido. Aqui, cada um tem seu estilo e de uma maneira geral, o pessoal se veste de uma maneira jovem, com roupas coloridas, confortáveis, modernas. A mesa do pessoal daqui tem o estilo de cada um, com adesivos, fotos, enfeites", explica o administrador Clécio Wanis.

Quanto aos horários, os diretores são flexíveis. "Muitas vezes, estamos em um projeto que o profissional precisa ficar aqui até mais tarde, ou vir no final de semana. E, depois, ele compensa esses horários. Nós não ficamos em cima do pessoal controlando que horas chegam, que horas saem, quanto tempo fazem de almoço. O importante é fazer as tarefas bem cumpridas e com satisfação", comenta o relações-públicas Thiago Miqueri. Ele conta que quando é necessário trabalhar final de semana, tem gente que vai acompanhado, seja com a namorada, filhos ou até mesmo cachorros.

Os diretores sintetizam essa forma de administrar dizendo que desejam que o colaborador se sinta em casa, goste e se comprometa com a empresa em que trabalha. "Somos jovens. Montamos a Plan B há quase cinco anos. Trabalhamos para que a nossa empresa seja a idealização do lugar em que sonhávamos trabalhar", reconhece Daniel Negreiros. O escritório da agência é uma grande casa, com um quintal que é utilizado freqüentemente para os churrascos comemorativos da empresa.

Ambiente propício para a criação

A estratégia dos diretores é apoiada pelos colaboradores. O designer Allyson Hissashi, 29 anos, da área de Criação, que está há três anos e meio na Plan B, já trabalhou em outras empresas que ele mesmo define como do estilo mais "clássico". "O clima entre o profissional e a empresa e entre os próprios profissionais é muito diferente. O ambiente é mais descontraído, mais leve, o convívio é mais tranqüilo. A gente tem liberdade para explorar a internet sem limites, ver televisão, jogar videogame, ouvir música. Não nos sentimos engessados, presos. É um lugar propício para a criação. E o pessoal de fora que vem nos visitar logo sente a diferença", orgulha-se o designer.

Allyson diz que, de vez em quando, na hora do expediente, gosta de entrar no Orkut, acessar seu e-mail pessoal, pesquisar portfólios de outros profissionais, sites de outras agências, navegar em sites sobre tecnologia. "Participo de fóruns de discussão sobre tecnologia e computação, o que me ajudar a ficar atualizado. Também faço compras on line, principalmente de acessórios para computador, e utilizo serviços bancários", completa.

A relações-públicas Cristiene Bruno, 29 anos, da área de Planejamento, há um ano na Plan B, também já trabalhou em empresas com acessos restritos à internet, a sites como YouTube e Orkut, e bloqueio do MSN. "Para o trabalho que faço aqui, o acesso ao Orkut, YouTube e Twitter é essencial. Percebo o comportamento de vários grupos em assuntos diversos e também aprendo sobre as ferramentas de convívio social. O nosso uso do MSN é fundamental para nos comunicar internamente ou com os clientes, trocar arquivos etc. Até porque muita gente aqui trabalha escutando música com fone de ouvido e é melhor mandar uma mensagem pelo Messenger do que tentar chamar", comenta Cristiene.

A relações-públicas admite que adora blogs e sites de fofoca, moda e cinema, endereços que entra por lazer, em seu horário de trabalho. "Entro nesses sites para dar uma espairecida mesmo, dar umas risadas. E, quando o assunto é divertido, compartilho com os colegas", justifica.

Quanto ao visual, Cristiene diz que em dias que não tem reuniões com clientes vai mais descontraída. "Já trabalhei em empresa que tinha que esconder minha tatuagem. Aqui, não tenho esse problema". Ela também revela um segredo de algumas das mulheres da empresa: um chinelo debaixo da mesa. "Assim, quando o sapato está atrapalhando, a gente pode descer do salto e ficar mais confortável".

Allyson e Cristiene concordam que é comum a agência exigir prazos curtos, mas concordam que por se sentirem mais soltos, criam mais rápido, produzem melhor e aproveitam mais o tempo, tornando a execução do trabalho tranqüila. "O clima é favorável à dedicação. Gostamos e nos orgulhamos de fazer os trabalhos. Preocupamos com a qualidade e todos nós nos sentimos responsáveis pelo produto final", elogia Cristiene.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "COMPORTAMENTO"Índice das publicações sobre "COMPORTAMENTO"
01/06/2022 - 06h26 Meu filho não tem amigos, o que fazer?
25/02/2021 - 06h16 Namoro online: atenção aos sinais de alerta
13/02/2021 - 07h17 Namorado gringo?
11/02/2021 - 06h14 Dez dicas de etiqueta nas redes sociais
03/02/2021 - 06h08 Por que insistir em um relacionamento desgastado?
28/01/2021 - 06h19 Mulheres independentes assustam os homens
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.