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No Dia do Corretor, comemorado em 27 de agosto, categoria tem a comemorar a maior credibilidade alcançada nos últimos anos, conseguida com a profissionalização.
Dia 27 de agosto é o Dia do Corretor de Imóveis. Há pouco tempo, a data não era muito comemorada pelos profissionais, pois era difícil encontrar quem não agisse no mínimo com desconfiança ao tratar com um corretor. A profissão era sinônimo de gente desqualificada, que muitas vezes queria "levar vantagens" sobre compradores desavisados. Mas, na última década principalmente, impulsionada pela necessidade de maior qualificação para conseguir se manter no mercado, a categoria mudou. Hoje conhecimentos profundos de produtos, de leis e documentação e atualização constante são necessários a quem se dedica a vender imóveis. A necessidade de melhorar os conhecimentos trouxe aquela que é a mudança mais sentida e comemorada pela categoria: a credibilidade. "Antigamente, ainda mais se tratando de corretor autônomo, havia muita desconfiança por parte de quem vendia ou comprava imóvel. Muitos corretores não eram realmente preparados e passavam a imagem de que estavam enganando o proprietário ou comprador", conta Estefano Kudrek, gerente da Imobiliária Futurama com mais de 30 anos de carreira na área. Segundo ele, com o passar dos anos, vendedores e compradores foram se tornando mais exigentes, o que causou uma seleção natural dos bons profissionais. "Hoje é preciso ter informação para conseguir uma angariação ou venda. As pessoas são mais informadas e confrontam informações com o corretor, que, se estiver mal preparado ou intencionado, perde seu espaço", diz Kudrek. Por conta disso, o acúmulo de conhecimentos é essencial. "O corretor de hoje precisa ter conhecimento técnico e de zoneamento, padrões de acabamento para saber avaliar o imóvel, potencial residencial de cada região e ainda estar bem informado para indicar para o cliente se é melhor investir o dinheiro na compra ou no aluguel de um imóvel, qual região é apropriada para investimento etc., tudo isso para ajudar o cliente", explica Luciane Nardelli, diretora de Marketing da Rede de Negócios Imobiliários. Para ajudar neste processo a Rede faz toda semana treinamento sobre algum tema específico do mercado imobiliário. Além disso, coloca os profissionais em contato com equipamentos que permitem facilidade na demonstração de imóveis, como palm tops. Mas os próprios profissionais estão cientes de que precisam aprofundar os conhecimentos. Este fator vem criando uma gama de corretores com currículo escolar muito mais amplo do que era comum anos atrás. Na Rede, por exemplo, mais da metade dos corretores tem ou está finalizando o curso superior. E com a credibilidade em alta, o perfil de quem quer ingressar na profissão também muda. Está havendo espaço para novatos que querem fazer da corretagem o meio de vida e também para quem já é aposentado em outra profissão, até com estabilidade financeira, mas quer continuar trabalhando em outros ares, como ex-médicos, arquitetos, engenheiros. Prova de conhecimento A profissão é vista como possibilidade de estabilidade financeira e de trabalho sem chefe, já que o corretor faz o seu horário. É o que pensa, por exemplo, o estagiário da imobiliária Cibraco, Lee Khristian da Silva Bento, que começou por acaso na profissão e acabou gostando. "Sempre fui vendedor e percebi que o ramo imobiliário era promissor apesar de competitivo. Resolvi trabalhar por conta para ver como era e gostei, pois tudo depende de mim. Hoje estou me regularizando na profissão", diz. Assim como quem quer entrar no ramo, Lee está fazendo o curso para corretores no Creci - Conselho Regional de Corretores de Imóveis. Também é possível fazer o curso no Senac e em instituições que ofereçam ensino em transações imobiliárias. Depois de terminado o curso, é necessário fazer uma prova no Creci para ter carteira profissional. "Não adianta ter o diploma sem passar na prova do Conselho. É tipo a OAB, não adianta ter o diploma de advogado se não passar nela, pois não pode exercer. A prova esta cada vez mais rigorosa e só passa quem esta realmente apto. O índice de aprovação é de 38%", diz o diretor-tesoureiro Creci, Adilson de Souza.
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