O número de homicídios sofridos por pessoas de 15 a 24 anos subiu de 13,1 mil, em 1996, para 17,3 mil, no ano de 2006 - um aumento de 31,3%. No mesmo período, o crescimento de homicídios entre a população total foi de 20%. Os dados fazem parte do estudo Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008, elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diretor de Pesquisas do Instituto Sangari, em parceria com a Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (Ritla), o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça. Entre 2004 e 2006, no entanto, o índice de homicídios entre jovens caiu 13%. Segundo Julio Jacobo, a queda se deve à adoção de políticas públicas específicas para a juventude nesse período. "Pela primeira vez se olha o jovem como objeto de política. Até o momento o jovem era uma entidade vista como fadada a desaparecer, no meio entre a criança e o adulto", afirma. Em 2006, o município com a maior taxa média de homicídios entre jovens foi Foz do Iguaçu (PR), com 234,6 assassinatos em cada 100 mil habitantes. O segundo lugar ficou com Recife (PE), com taxa de 214,3. Já a cidade que teve o maior número de homicídios de jovens em 2006 foi o Rio de Janeiro, com 879 mortes, seguida de São Paulo, com 797. O estudo mostra também que os 200 municípios com o maior número de mortes juvenis por homicídio concentram 47,3% da população do país e 79,5% dos homicídios juvenis em 2006.
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