Apesar de não estarem incluídas na segunda rodada de seleção de projetos de apoio a cooperativas de catadores de material reciclável do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as cooperativas não-organizadas receberão ajuda do banco. A instituição financeira fornecerá recursos às prefeituras para que reestruturem esses grupos de catadores.

O diretor das áreas de Inclusão Social e de Crédito do BNDES, Élvio Gaspar, explica que a estratégia do banco é diferente em relação às cooperativas que não estão plenamente organizadas. “Como essas cooperativas têm poucas condições de chegar ao BNDES com um projeto fechado, com ordenamento de custos ou associação registrada em cartório, é necessário outro tipo de abordagem”, explica.

Segundo o banco, das 244 cooperativas identificadas no país, metade (122) receberão apoio por meio das prefeituras, que são responsáveis pela coleta e pelo tratamento do lixo nas cidades. “Vamos dar recursos às prefeituras para que elas façam o projeto de organização, capacitação, compra de equipamentos, estruturação de galpão, para que a associação ou aquele aglomerado de catadores desorganizados possa se organizar”, afirma Gaspar.

De acordo com o diretor do BNDES, no futuro, as entidades que receberam apoio das prefeituras podem receber auxílio direto do banco nos próximos editais de seleção de projetos. “É importante que essas cooperativas passem para um nível superior. Essa é a nossa estratégia”, revela.

O apoio a esse grupo de cooperativas faz parte do Programa de Modernização da Administração Tributária (PMAT), no qual as prefeituras recebem financiamento do BNDES para a modernização da administração e da arrecadação de impostos, mapeamento das cidades, entre outros projetos.