A presença cada vez maior da tecnologia na rotina dos restaurantes deve conduzir o setor a um novo patamar nos próximos anos. Em breve, não teremos estabelecimentos funcionando da mesma maneira que hoje. A evolução é inevitável, mas pode vir de maneira ainda mais rápida do que o previsto. Em parte, isso se deve à constante introdução de equipamentos e produtos para automação comercial nas grandes redes e nos restaurantes de maior porte. Chefs, cozinheiros e os profissionais responsáveis por elaborar os novos pratos terão sua importância nos restaurantes do futuro. Estes não serão afetados pelo processo de modernização dos restaurantes. O mesmo não se pode dizer dos atendentes e garçons, que, aos poucos, tendem a ser substituídos por equipamentos tecnológicos que garantam um atendimento mais eficaz. No Japão, a figura do garçom já começa a se tornar obsoleta. A instalação de terminais com a tecnologia touch screen na mesa do cliente permite que ele próprio faça seu pedido, na hora que bem entender e sem interferências. O pedido é imediatamente encaminhado para a cozinha e para o caixa, onde acontece a atualização automática dos valores que serão cobrados. Dessa maneira, o cliente pode saber o quanto está consumindo, evitando os sustos tão comuns no fechamento da conta. As vantagens serão ainda maiores para o proprietário. Mesmo fora do restaurante, ele poderá saber como estão movimento e fluxo de caixa, identificando eventuais imperfeições na rotina e gerenciando as atividades de seus funcionários. Essa é uma vantagem ainda maior para quem for dono de dois ou mais estabelecimentos, já que reduz os deslocamentos pelas cidades com trânsito mais caótico. O controle do estoque tende a ficar ainda mais informatizado. Ao serem retirados, os insumos serão identificados por scanners tridimensionais, que fazem a baixa automática no estoque. O sistema estará integrado aos fornecedores, que poderão saber, em tempo real, quais as necessidades de abastecimento para cada produto. Cruzando essa informação com a procura e o movimento do dia, uma nova remessa poderá ser enviada imediatamente, desde que haja a aprovação do dono. Entre os benefícios, estará também a possibilidade de fidelização da clientela. O freguês será identificado assim que entrar no restaurante e o sistema ficará encarregado de verificar suas preferências. Não será apenas um método automático de identificação, mas sim algo inteligente, capaz de avaliar os gostos pessoais e apresentar sugestões no cardápio. As novidades já estão a caminho. Muitas já foram implantadas, ainda que timidamente. Os equipamentos de automação comercial e gestão permitem uma rotina mais precisa, com redução dos custos operacionais e atendimento mais eficiente. Mas ainda há muito o que evoluir. No fim das contas, ganha o cliente, que passa a dispor de atendimento mais rápido e personalizado, pagando até menos por um serviço melhor. Nota do Editor: Márcio Blak é consultor em automação comercial e diretor da Blak Informática. A empresa desenvolve o SnackControl 7, software de gestão e automação de bares e restaurantes presente em mais de 3 mil pontos de venda no Brasil. Redes como Bob´s, Spoleto, Rei do Mate e Bonaparte utilizam o sistema no gerenciamento de suas unidades. O software também está presente no controle dos restaurantes da cadeia atacadista Makro e em todo o parque temático Hopi Hari.
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