A campanha contra a febre amarela nas cidades da região do entorno do Distrito Federal trouxe à tona a realidade da desinformação sobre a importância de se proteger contra doenças como tétano, hepatite B, sarampo, rubéola e caxumba com o simples ato da vacinação. Adriana Macedo Irene, moradora do Jardim Barragem 1, em Águas Lindas, no estado do Goiás, cidade distante cerca de 40 quilômetros de Brasília, procurou pela primeira vez um posto de saúde, por temer contrair a febre amarela. Mãe de três filhos, ela chegou ao posto de saúde do Jardim Brasília sem qualquer tipo de documento de vacinação dos filhos, e não sabia dizer se eles eram vacinados contra doenças como hepatite B, tétano, caxumba, rubéola, sarampo e pólio. O enfermeiro José Filho disse que, desde que o noticiário sobre a febre amarela se intensificou, o atendimento no principal posto de Águas Lindas pulou de 150 pessoas por dia para mais de mil, e tem sido comum aparecerem casos como o de Adriana Macedo Irene. “Com essas manchetes, eles voltaram a procurar as unidades sem ter tomado nenhuma vacina. Temos famílias com crianças que nunca tomaram vacinas ou estão com o cartão [de vacinação] desatualizado”, explicou. De acordo com o enfermeiro, nessas situações, a equipe abre um cartão de vacinação e renova os que estão desatualizados, aplicando as vacinas que faltam, principalmente a tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola) e a anti-pólio. O posto de saúde de Jardim Brasília, em Águas Lindas, não vacinou no dia 12 contra a febre amarela, pois o estoque de mais de 1.500 vacinas acabou ao meio-dia do dia 11 e um novo lote com a mesma quantidade só está previsto para chegar na próxima segunda-feira (14), segundo informou a enfermeira-chefe da unidade, Rosinary Chaves Barbosa Martins.
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