Há uma década, o espumante era considerado uma bebida de elite no Brasil. A maioria das pessoas consumia somente em momentos especiais, como as festas de final de ano.

Os hábitos começaram a mudar. O brasileiro descobriu o prazer de degustar um bom espumante e este, por sua vez, passou a ser presença mais freqüente nas mesas de famílias de todas as classes sociais.

De acordo com o diretor de relações corporativas da Chandon, Danilo Cavagni, toda hora é hora e todo dia é dia de consumir espumante. “Ele é um vinho extremamente eclético e se adapta a qualquer situação”.

Segundo a Uvibra – União Brasileira de Vitivinicultura, o período de festas de final de ano ainda é o responsável pela maior parte das vendas de espumantes no país, cerca de 60%.

Cavagni diz que, com a desmistificação da idéia que a maioria das pessoas tem de que o espumante só pode ser consumido em grandes acontecimentos ou em datas especiais, este número tende a mudar. “O consumo regular e mais descontraído vai colocar a bebida na mesa da população o ano inteiro e não só em dezembro”, afirmou.

Outro fator importante para o crescimento no consumo do espumante é a qualidade dos rótulos nacionais. “O produto brasileiro preencheu, com algumas vantagens, o lugar do importado”, destaca o diretor da Chandon.

O espumante também está ganhando uma nova legião de fãs formada por um público mais jovem e que tem o hábito de consumi-lo nas casas noturnas. “O glamour conta nestas horas, mas o prazer de consumir um espumante – que é uma bebida leve e refrescante – é o principal”, salienta.

Para o diretor da Chandon, a união de fatores como qualidade, acessibilidade e o sabor diferenciado serão grandes impulsionadores para o crescimento do consumo da bebida em 2008.

Apesar de ainda pequeno para as condições de um país do porte do Brasil, o volume de comercialização dos espumantes dobrou nos últimos seis anos, e pode continuar crescendo. “Queremos incluir o espumante na vida das pessoas. Existe um potencial de consumo que merece ser melhor explorado. Estamos trabalhando muito para isso”, diz Cavagni.