A Contagem da População, divulgada dia 21 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou, pela primeira vez, 17.560 pessoas que declararam ter companheiros do mesmo sexo atuando como chefe da casa. O número corresponde a 0,2% da população brasileira, segundo o gerente de Contagem Populacional do IBGE, Marco Antonio Alexandre. Ele informou que desse total, 9.586 homens se declararam cônjuges de companheiros do mesmo sexo, o mesmo ocorrendo em relação a 7.974 mulheres. A proporção é de 0,02% dos homens e 0,01% das mulheres que se encontravam nessa situação nos 5.435 municípios pesquisados. O questionário do IBGE pela primeira vez incluiu uma pergunta sobre a relação de convivência entre os moradores do domicílio e a pessoa considerada pelos moradores como responsável por aquele lar. Número de mulheres ultrapassa o de homens em municípios de pequeno e médio porte A prevalência de mulheres em relação aos homens, antes detectada nas grandes cidades, está se espalhando para os pequenos municípios. Segundo a Contagem da População de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), neste ano há 99,6 homens para cada 100 mulheres. Em 2000, a proporção relevada pela era de 100 mulheres para 100 homens. Segundo Marco Antonio Alexandre, a contagem indica uma leve prevalência de mulheres. “Os números mostram que a cada 200 mulheres há 198 ou 199 homens”, explica. Apesar disso, ressaltou o especialista, a ultrapassagem da população feminina em relação à população masculina não ocorreu agora porque a tendência havia sido detectada em pesquisas anteriores. De acordo com Alexandre, como a Contagem Populacional, que fez um levantamento em 5.435 municípios, concentrou-se nos municípios de pequeno e médio porte. No Censo de 2000, que também incluiu os grandes municípios, a predominância de mulheres havia sido observada. “Agora, esses municípios já começam a refletir o que já ocorria quando se considerava o Brasil como um todo em 2000”, destaca. ”Ao se considerarem todos os municípios, em 2000 havia mais mulheres do que homens”, afirmou Alexandre. “Em 2007, essa tendência de prevalência das mulheres em relação ao número de homens do Brasil como um todo começa a ser refletida também nos municípios de pequeno e médio portes.”
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