O Brasil é o terceiro maior produtor de massas do mundo, com 1.066 milhões de toneladas fabricadas em 2006. Talvez seja porque é o país que tem mais italianos depois da Itália: só a cidade de São Paulo (SP) concentra quatro milhões deles. Além de ser um prato tradicional nos almoços de domingo e nas famosas cantinas, vários restaurantes renomados integraram massa em seus cardápios. Para comemorar esse alimento que é praticamente unânime na mesa do brasileiro, foi criado em 1995, o Dia Internacional do Macarrão, durante o I Congresso Mundial da Pasta, que reuniu os principais fabricantes de massa do mundo, em Roma, na Itália. A verdadeira história do macarrão tem várias versões. Polêmicas à parte, em 1295, o macarrão embarcou com o mercador veneziano Marco Polo que deixava a China rumo à sua terra natal. Há indícios de que o produto chegou à Itália por volta de 400 a.C. e foram os italianos que criaram o hábito de comer massa e de usar tomates para o preparo dos molhos. Segundo José dos Santos dos Reis, presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo - SIMABESP/ANIB, o consumo per capita anual, que em 2006 foi de 5,8 quilos, pode crescer pelo menos 2,2 quilos num período de 10 anos, chegando a um consumo anual per capita de oito quilos. No quesito consumo o Brasil perde para a Itália (28 kgs/hab), Venezuela (12 kg/hab) e Estados Unidos (9 kg/hab). Ele acredita, porém, que “ainda temos espaço para crescer mais e as redes de fast food e o mercado de refeições fora de casa têm contribuído em divulgar diversos sabores e tipos de massas, além de mostrar que não está mais restrita aos almoços familiares de domingo ou às quintas-feiras”. O mercado de massas está distribuído da seguinte forma: 85,5%, massas secas; 10%, instantâneas; 4,5%, frescas. A categoria que vem mais crescendo nos últimos anos é a de massas instantâneas, que em 2006 teve um acréscimo de 8% na sua produção. Entre as massas secas, a preferência dos consumidores recai nas feitas com sêmola; entre as frescas, as preferidas são as sem recheio. E quanto às instantâneas, o mais consumido é o macarrão comum. Tipos de macarrão Macarrão com sêmola - Elaborado com farinha de trigo especial que resulta em um produto mais claro. Macarrão com ovos - Três ovos são adicionados a cada quilo de farinha. Macarrão comum - É apenas a mistura de água à farinha de trigo comum. Tem preço menor. Macarrão caseiro - Feito de forma artesanal, com massa laminada. Mais poroso, absorve melhor o molho. Macarrão com grano duro - Elaborado com farinha especial tipo durum. Fica naturalmente al dente, ou seja, solto, mais consistente e ideal para boa mastigação. Macarrão integral - Feito com trigo integral. Contém mais fibra e é ideal para pessoas que estão submetidas à dieta. Massas frescas - Produto a base de água, semolina ou farinha de trigo, com ou sem ovos, recheado ou não, armazenado em balcões frigoríficos ou geladeiras. Destaca-se pela praticidade de preparo, excelente qualidade nutritiva, atendendo ao público que busca conveniência e exigência no sabor.
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