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COLUNISTA
Carlos Rizzo
28/09/2007 - 10h03
Em Ubatuba a cada trinta anos
 
 
 
CAR 
  Sporophila frontalis (pixoxó).

Para mim foi uma grande e grata surpresa. Jamais poderia imaginar uma planta que floresce a cada trinta anos, menos ainda que teria a oportunidade de vivenciar um fato assim, pois é o que está acontecendo com a taquara em Ubatuba.

Você imagina o que é isso? Muitos de nós não estávamos aqui há trinta anos atrás e, muitos de nós outros não estarão aqui quando ela florescer novamente. É inacreditável!

Mais interessante ainda é que esta floração incomum está atraindo aves muito difíceis de se observar e estamos tendo a oportunidade rara de observar espécies que talvez não veremos, com relativa facilidade, novamente. Como por exemplo: a choca-da-taquara, Biatas nigropectus; o matracão, Batara cinérea; a choquinha-cinzenta, Myrmotherula unicolor.

Procurar aves que se alimentam em bambus e taquaras é algo próximo do procurar agulha em palheiro. O emaranhado de galhos e folhas, acrescido da agitação natural dessas espécies que não param um segundo no mesmo lugar, é uma tarefa que exige muita (mas muita mesmo!) paciência e oportunidade. Qualquer um desiste depois da vigésima tentativa, mas depois, quando lembramos que outra oportunidade só daqui há trinta anos, voltamos a tentar.

Uma boa dica é baixar as vocalizações, o melhor site é o www.xeno-canto.org, procurar no Google imagens, sempre procurar pelo nome científico, e depois, esquecer da vida na borda da mata que é onde mais ocorre a taquara.

Mesmo o pixoxó, Sporophila frontalis, que é o mais fácil, tem uma vocalização forte, próxima do onomatopaico, é complicadinho de visualizar. Ele canta depois que pousa no novo galho, procura o seu alimento, pula para outro galho e canta, tudo muito rápido, difícil de visualizar e quase impossível fotografar, pelo menos uma boa foto. A foto acima consegui depois de várias horas esperando, foi o melhor que consegui, por enquanto.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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