"Ao contrário de outros tipos de óleos, o azeite é rico em ácidos graxos monoinsaturados, como o ácido oléico, e baixo em saturados. Essa propriedade ajuda a reduzir o ’colesterol ruim’ (LDL) no sangue, sem afetar o nível de ’colesterol bom’ (HDL), permitindo o equilíbrio entre os dois tipos no organismo", explica Marília Malvezzi Karwowski, engenheira de alimentos da La Violetera, uma das maiores importadoras do produto no Brasil. O colesterol alto obstrui artérias que irrigam o cérebro e o coração, tornando iminentes os riscos de infarto e acidente vascular cerebral. "A composição química do azeite apresenta hidrocarbonetos (esqualeno), o que favorece a excreção de toxinas e a saúde celular. Possui esteróis (ß-sitosterol), que reduzem o colesterol e ajudam a prevenir e a combater o câncer (próstata, cólon, mama), além de ter compostos fenólicos, que inibem a oxidação e reagem com radicais livres, inibindo a agregação plaquetária", diz Marília. Esses ingredientes auxiliam não só no controle do colesterol, mas também na prevenção e tratamento de inúmeras doenças, como arteriosclerose, trombose, diabetes e hipertensão, entre outros males. Com tantos benefícios, a procura pelo azeite nas gôndolas cresceu. Três tipos do produto são comercializados e para os degustadores iniciantes, a engenheira de alimentos da La Violetera explica as diferenças. Tipos e variedades São conhecidas aproximadamente 270 espécies de azeitonas. Apenas 24 delas são regularmente utilizadas na produção de azeites, que são classificados de acordo com o aroma, o sabor, a acidez e o processo de extração e divisão. Basicamente, são três os tipos de azeite. O extra virgem é obtido por meio da extração por processo de prensagem mecânica das azeitonas. Tem aroma e sabor impecáveis e apresenta menos de 0,8% de acidez. O virgem também é obtido pela extração por processo de prensagem mecânica das azeitonas. A principal diferença entre o virgem e o extra virgem é a acidez. O virgem pode ter acidez acima de 1%, mas abaixo de 2%. O azeite puro é a mistura entre o azeite refinado e o extra virgem. A acidez deve ser menor do que 1%. O refino é realizado quando o produto obtido pela prensagem mecânica das azeitonas possui acidez acima de 3,3%. Além da acidez, o processo elimina o aroma e sabor desagradáveis.
|