Ernest Haeckel, o inventor da palavra "ecologia", nos idos de 1866, mal sabia o quanto a mesma estaria inserida em livros, sendo objeto de reuniões, congressos, conferências, criando um movimento internacional em igual e debates que movimentam as principais personalidades internacionais, organismos diversos e pessoas. No Brasil, tivemos em 1958 a instalação da FBCN - Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza. Na década de 1970, um sem número de entidades ambientalistas foram, criadas, com maior amplitude filosófica, dando origem às ONGs - Organizações Não Governamentais. A reunião de Estocolmo em 1972, reuniu 113 países para debater o tema. A ONU - Organização das Nações Unidas criou o PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o PNDU - Agência financiadora de projetos que se relacionam com o meio ambiente e desenvolvimento. No Rio de Janeiro em 1992 se debateu o conceito "Desafio do Desenvolvimento sustentável". No início dos anos 1980, o Instituto de Estúdios Turísticos da Espanha, lançou o livro "Turismo y Ecologia", com artigos diversos de especialistas abordando o binômio e esboçando idéias, ações, filosofia e políticas que gestassem um "Desenvolvimento Turístico Ecologicamente Auto-sustentável", tendo como alavanca de consumo os fluxos turísticos direcionados e dimensionados, bem como produtos e serviços corretamente ecológicos. O despertar e a consciência ecológica, fez com que fossem criadas inúmeras instituições voltadas para o problema, sendo a imprensa, uma grande aliada nessa caminhada perene. Pelo país inúmeros eventos abordam a problemática do ecoturismo através de seminários, congressos, exposições e feiras, vindo nessa esteira uma política nacional de ecoturismo. A ativação do turismo rural, agroturismo, da agroecologia, voltadas para o vivenciamento do dia-a-dia no campo, sem maquiagem é alternativa já implantada e em implementação constante. Surge os binômios: Turismo e Folclore, Turismo e Cultura, Turismo e Ecologia, Turismo e Esportes de aventura, Turismo e Saúde e o crescente número de roteiros especializados, fomentando caminhadas, trilhas, safáris fotográficos e/ou de observação. A ação dos grupos de espeleólogos, abrindo roteiros guiados às grutas e cavernas, sempre cuidando da preservação, que também num esforço heróico, batalha na preservação do imenso patrimônio histórico, cultural, monumental, arqueológico e natural do país. A riqueza - ameaçada constantemente - em nosso país é imensa. Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado, Mata de Araucárias, Pampa, semi-árido, zona costeira, cavernas, grutas, manguezais, parques nacionais, reservas biológicas, estações ecológicas, florestas naturais, áreas de proteção ambiental, reservas extrativistas, áreas de relevante interesse ecológico, área sobre proteção especial, entre outros. O setor permite a criação de produtos, subprodutos, agregados à serviços múltiplos, tendo como matéria prima, que exige manejo, bom senso, técnicas adequadas, visitação controlada e constantes debates e reciclagens. Essas riquezas naturais, precisamos atentar, que não precisamos tirar nada, ao contrário é importantíssimo preservar. Conservemos a nossa "galinha dos ovos de ouro". Nota do Editor: Otavio Demasi (odtur@ig.com.br) é Jornalista e Consultor em Turismo.
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