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Sem convite, mas sempre bem-vindo, este da foto é um Machetornis rixosus ou suiriri-cavaleiro. Acompanha qualquer dos mamíferos herbívoros durante o pasto e aproveita para se alimentar com os insetos que se movem ou que surgem quando o mato é arrancado.

É comum observá-los acompanhando o gado e cavalos e de vez em quando pousa sobre o dorso desses animais para uma geral nos insetos que estão por ali, daí o nome popular. O da foto acompanhando uma capivara é mais comum observar no Parque da Ilha Anchieta.

Existem outras espécies de aves que vivem consorciadas aos herbívoros se aproveitando do pastoreio ou fazendo uma limpeza como é o caso do Milvago chimachima ou gavião-carrapateiro, cujo nome popular dispensa a leitura do cardápio preferido.

Nem sempre o nome popular corresponde à verdade. Existem várias espécies de aves conhecidas como papa-formigas. Na verdade elas não se alimentam de formigas como o nome sugere, mas sim dos insetos que fogem do carreiro quando se forma uma correção.

Nos centros urbanos podemos observar um outro tipo de consórcio alimentar, este mais inusitado. Ele acontece entre a Prefeitura e os Pitangus sulphuratus, os bentevis. Quando amanhece, muitas mariposas que voaram a noite toda aproveitam o quentinho das luminárias da iluminação publica para descansarem durante o dia. Os bentevis já descobriram esta fonte de alimentos, eles avançam sobre as luminárias fazendo as mariposas se desgarrarem e, no vôo desnorteado que elas tem durante o dia, tornam-se presas fáceis. As que conseguem escapar dos bentevis e caem no chão servem ao desjejum dos pardais. Que apesar de “pardal” tem nome científico também, são os Passer domesticus.

O Wilson do posto Shell da 13 de Maio, costuma pegar as mariposas que amanhecem no chão para lançá-las ao ar, forçando assim, um vôo que fatalmente termina no bico dos bentevis que, já se acostumaram e, ficam por ali esperando para dar o bote sempre certeiro.