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Ana Martinha da Silva - a mulher mais idosa do Brasil, que vivia em Cuiabá - faleceu no último dia 27, após ficar internada por cinco dias na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, com pneumonia. Aos 123 anos, ela já tinha sido reconhecida pelo RankBrasil, a pedido da Associação de Mulheres e Negócios e Profissionais - BPW Cuiabá, no livro de recordes brasileiro, como a mulher mais velha do país, e seus documentos haviam sido enviados ao Reino Unido, pela organização, há um mês visando o reconhecimento também do Guiness Book. Ana Martinha foi registrada em Chapada dos Guimarães, em 14 de agosto de 1880, conforme sua certidão de nascimento. Ela contava, no entanto, ter nascido quatro anos antes, em 1876, contando hoje quase 128 anos de idade. Filha de escravos, chegou a presenciar a libertação dos pais. Teve nove filhos e uma vida pobre, mantendo a lucidez até o fim. Nos últimos anos, conseguiu receber do governo do Estado uma pensão e uma casa no Pedra 90, por meio da atuação da Associação de Mulheres de Negócios (BPW Cuiabá). A presidente da BPW Cuiabá, Sueli Batista, que estava cuidando do reconhecimento de Ana Martinha junto ao Guiness Book, e que nos últimos anos através da organização tem lhe dado garantias de viver com dignidade, através de plano de saúde, plano de farmácia, pensão, alimentação e habitação, comentou que todas as pessoas ligadas a ela estão muito tristes. "Além de ser um registro vivo da História do Estado e do país, ela se tornou nossa amiga. Era uma pessoa admirável, encarando a vida com bom humor, mesmo após ter passado por tantas dificuldades. Um grande exemplo de vida", afirma.
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