CPLP é organização madura, capaz de reagir a situações de crise, diz Lula na África.
| Wilson Dias / ABr | | | | Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa na 5ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. |
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o compromisso com a justiça social é o objetivo comum que reúne na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) oito países e uma população de 230 milhões de habitantes. "A CPLP vai ganhando voz e personalidade internacionais. É hoje uma organização madura, capaz de reagir prontamente a situações de crise", disse. A CPLP é formada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Durante discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, em São Tomé e Príncipe, Lula fez um balanço da atuação brasileira durante os dois anos em que o país ocupou a presidência da CPLP, que será transferida amanhã para São Tomé e Príncipe. O presidente ressaltou que, enquanto esteve na presidência da Comunidade, o Brasil priorizou projetos de cooperação voltados para a prosperidade econômica, o bem-estar social e a estabilidade política. "Não há paz sem desenvolvimento, e não há desenvolvimento sem a paz", defendeu Lula. Lula disse também que a Comunidade tem "especial urgência" em ajudar a África "na luta contra o dramático ciclo de pobreza, violência e fatalismo" que atinge o continente. O controle da malária e da Aids na África, segundo Lula, é compromisso do Brasil com os africanos nos próximos anos. "O Brasil coloca sua experiência a serviço dos países atingidos por esses flagelos. É com essa convicção que o Brasil, e os cinco países, assinou na Cúpula Mundial sobre a Aids em Bangcoc o acordo para produção de remédios anti-retrovirais a baixo custo", disse o presidente. O presidente aproveitou para agradecer o apoio dos chefes de Estado da CPLP à indicação do Brasil para uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Sou especialmente reconhecido pelo endosso dos países da comunidade para que o Brasil ocupe um assento permanente no Conselho".
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